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Estado de Minas POL�TICA

Em acordo com Centr�o para emplacar Lira, Bolsonaro nega "loteamento pol�tico"


19/12/2020 22:28

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aproveitou uma entrevista concedida ao filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para negar a pr�tica de distribui��o de cargos do governo em troca de apoio pol�tico. Bolsonaro afirmou que n�o haveria loteamento de fun��es na administra��o federal.

Conforme o Estad�o mostrou na semana passada, o governo est� oferecendo posi��es e emendas parlamentares a deputados para que votem no deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), l�der do bloco chamado "Centr�o", para elei��o para a presid�ncia da C�mara dos Deputados.

"Tem muita gente interessada que eu n�o continue (na Presid�ncia da Rep�blica). Gente de dentro e de fora do Brasil. N�s mudamos o Brasil. Dois anos sem corrup��o. N�o houve loteamento de cargos. Veja se tem indica��o pol�tica como tinha no passado para a Petrobras, por exemplo", disse Jair Bolsonaro, em um v�deo exibido no canal do YouTube do filho neste s�bado, 19.

Apesar da afirma��o do presidente, o gabinete do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, no 4.� andar do Pal�cio do Planalto, tem sido palco de reuni�es em que deputados ouvem os argumentos do governo em defesa da elei��o de Lira. De l�, saem com promessas de emendas parlamentares, algumas al�m daquelas a que j� t�m direito, e de cargos a preencher em seus redutos eleitorais.

O ex-ministro do Turismo, Marcelo �lvaro Ant�nio (PSL-MG), foi demitido, ap�s dizer, em um grupo de WhatsApp formado por ministros, que Ramos havia oferecido o seu cargo ao Centr�o para influenciar na elei��o da C�mara.

A quebra da promessa de campanha de n�o fazer indica��es pol�ticas em troca de apoio ficou mais vis�vel desde abril, quando subiu o risco de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, em um momento no qual, de um lado, se agravava a crise do coronav�rus, e, do outro, seus apoiadores clamavam por interven��o militar, em manifesta��es nas quais o presidente se fazia presente.

Sem uma base de apoio no Congresso, o presidente come�ou a ofertar cargos em troca de votos, em reuni�es com presidentes e l�deres de partidos do grupo batizado como "Centr�o raiz", entre os quais Progressistas, PL, PSD e Republicanos. A inten��o era isolar o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o seu partido. Segundo o Estad�o apurou � �poca, Bolsonaro estava convencido que Maia queria "enfiar a faca" em seu pesco�o para derrub�-lo, e ent�o mudou o modelo de articula��o no Congresso, fechando alian�as diretamente com deputados e senadores que antes carimbava como representantes da "velha pol�tica".

Foi naquele m�s que Bolsonaro recriou o Minist�rio das Comunica��es e colocou no comando da pasta o deputado F�bio Faria (PSD-RN), membro do Centr�o e tamb�m genro do apresentador e empres�rio Silvio Santos, do SBT.

At� o fim de maio, o PL, de Valdemar Costa Neto, havia emplacado o ex-senador Vicentinho Alves (PL-TO) para a Secretaria Nacional de Infraestrutura do Minist�rio do Turismo, pasta ent�o chefiada por Marcelo �lvaro Ant�nio. Tamb�m indicado pelo PL, Arnaldo Correia de Medeiros para o cargo de secret�rio de Vigil�ncia em Sa�de do Minist�rio da Sa�de.

O PL foi contemplado com a indica��o de Fernando Marcondes de Ara�jo Le�o, em 6 de maio, para o comando Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), autarquia com or�amento de R$ 1 bilh�o neste ano. A negocia��o tamb�m envolveu o Progressistas, de Arthur Lira, j� no contexto de uma prepara��o para a elei��o para a C�mara dos Deputados. Como o Estad�o mostrou, ele repassou o apadrinhamento do cargo ao deputado Sebasti�o Oliveira (PL-PE).

Giovanne Gomes da Silva, por sua vez, ligado ao PSD, foi nomeado para a presid�ncia da Funda��o Nacional de Sa�de (Funasa). A entidade tem como fun��o principal tocar a��es sobre saneamento, �rea de aposta do governo federal para receber investimentos privados assim que o Congresso aprovar o novo marco legal do setor.

Reportagem do Estad�o/Broadcast em junho mostrou que o Centr�o j� havia emplacado ao menos oito nomes no governo federal, ap�s a aproxima��o do presidente. Os cargos s�o para �rg�os que, no total, disp�em de um or�amento de ao menos R$ 65 bilh�es para 2020. A maior fatia vem do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE), com R$ 54 bilh�es, que agora � comandado por Marcelo Lopes da Ponte, ex-chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI).

A aproxima��o de Bolsonaro com o Progressistas tamb�m envolveu uma indica��o para uma diretoria na estatal Companhia de Desenvolvimento das Bacias do S�o Francisco e Parna�ba (Codevasf), em julho. Davidson Tolentino De Almeida, tomou posse como diretor da �rea de Revitaliza��o das Bacias Hidrogr�ficas. Ele � pr�ximo do presidente do partido, senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), esp�cie de l�der do Centr�o no Senado.


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