A��o de rebelde afetou miss�es em angola

O coronel Fl�vio Carneiro tinha de entregar um documento das Na��es Unidas aos representantes do governo angolano e dos rebeldes da Uni�o Nacional para a Independ�ncia Total de Angola (Unita). Entrou no pr�dio enquanto as bombas ca�am. A sala da reparti��o estava vazia. Caminhou pelas mesas, achou o carimbo necess�rio e, com o documento certificado, protocolou o papel antes de sair. Do lado de fora do edif�cio da Comiss�o Conjunta Pol�tico-Militar, os combates prosseguiam na capital angolana. E assim foi por tr�s dias, ap�s a Unita tentar tomar Luanda, reiniciando a guerra civil paralisada pelos acordos de paz de Bicesse, em Portugal.

O brasileiro era um dos 350 observadores da for�a de paz Unavem 2, que fiscalizava o acordo que previa a forma��o de um ex�rcito nacional angolano, com a desmobiliza��o da guerrilha e elei��es presidenciais. Tudo ia bem at� que Jonas Savimbi, o l�der da Unita, foi derrotado no primeiro turno das elei��es, em 1992, pelo presidente Jos� Eduardo dos Santos, l�der do Movimento Popular de Liberta��o de Angola (MPLA).

"Ele dizia que era a �ltima ponte para a paz. E ent�o resolveu dinamit�-la", conta Carneiro.

A Unita atacou em 30 de outubro. E foi derrotada.

O fracasso da paz levaria a outro acordo. E l� estaria de volta a ONU. Desta vez com tropas e, entre elas, um batalh�o brasileiro.

O contingente do Brasil chegou a Angola em 1995. Em 1996, a miss�o coube aos homens do general Adhemar da Costa Machado Filho, filho de um ex-combatente da 2.� Guerra Mundial. "Conversei muito com meu pai sobre a miss�o."

Desembarcaram em Lobito e foram � base em Cuito. "A Unita nos via com desconfian�a e, sob a lideran�a de Savimbi, dificultava ao m�ximo o processo de paz."

Foi assim at� o fim da miss�o, quando a Unita retomou a guerra. "Tinha para mim que s� com o afastamento de Savimbi o processo de paz andaria".

Savimbi morreu em combate em 2002. A guerra acabou em seguida. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.