
Os emedebistas escolheram Baleia Rossi (SP) como candidato oficial da legenda, mas Ramalho se lan�ou de forma avulsa, como fez na vota��o de dois anos atr�s.
Ele se define como “terceira via” a Baleia e Arthur Lira (PP-AL) — apoiado por Jair Bolsonaro (sem partido) — que devem polarizar a disputa.
O mote da campanha � o aumento da participa��o dos 513 deputados nas decis�es do Legislativo. “O que estamos procurando � a independ�ncia do plen�rio, o que hoje n�o h�. Trata-se toda a pauta com poucas pessoas”, diz.
Ao Estado de Minas, Ramalho detalhou as estrat�gias utilizadas para angariar apoio dos colegas. A capacidade de articula��o rendeu-lhe o apelido “Fabinho Lideran�a”, repetido aos montes por deputados durante reuni�es.
Ele afirma n�o temer repres�lias do MDB por deixar de apoiar Baleia Rossi, que tem o aval do atual comandante do Congresso, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“N�o sou candidato do presidente ou do Maia. Sou o candidato do plen�rio. Quero uma pauta construtiva para o Brasil, de harmonia”, assegura o parlamentar, que garante ter telefonado para mais de 400 pares apresentando sua candidatura.
Ele afirma n�o temer repres�lias do MDB por deixar de apoiar Baleia Rossi, que tem o aval do atual comandante do Congresso, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“N�o sou candidato do presidente ou do Maia. Sou o candidato do plen�rio. Quero uma pauta construtiva para o Brasil, de harmonia”, assegura o parlamentar, que garante ter telefonado para mais de 400 pares apresentando sua candidatura.
Dois anos atr�s, Ramalho obteve 66 votos na elei��o vencida por Maia. Ele tece cr�ticas � perda de poder por parte dos deputados em espa�os como as comiss�es tem�ticas.
“Hoje, a Casa, tem uma pol�mica grande: h� dois lados fortes brigando pelo poder do que mais propriamente pelo Parlamento”, lamenta. O pleito est� agendado para a primeira sess�o legislativa deste ano, em fevereiro.
“Hoje, a Casa, tem uma pol�mica grande: h� dois lados fortes brigando pelo poder do que mais propriamente pelo Parlamento”, lamenta. O pleito est� agendado para a primeira sess�o legislativa deste ano, em fevereiro.
O que motivou o senhor a ser candidato � presid�ncia da C�mara?
O principal motivo � que a Casa n�o pode ficar nas m�os do presidente da C�mara e de alguns poucos l�deres. A descentraliza��o tem que ser com protagonismo de toda a C�mara, e n�o apenas do presidente e dos l�deres.
O MDB tem um candidato oficial: Baleia Rossi, de S�o Paulo. N�o teme que a decis�o de lan�ar seu nome de forma avulsa possa gerar repres�lias internas?
N�o tenho medo de nenhum tipo de repres�lia. Estou exercendo meu direito, que � regimental e constitucional. E, tamb�m, de ser uma terceira via � disposi��o dos deputados. N�o sou candidato de um lado ou outro. N�o sou candidato do Executivo ou do presidente da C�mara. Quero ser o candidato do plen�rio da C�mara dos Deputados.
Quando o senhor se candidatou ao comando da Mesa em 2019, foi at� Bolsonaro e garantiu colocar reformas em pauta. Pretende fazer movimento parecido e garantir votar projetos do governo?
Vou colocar (em pauta) os projetos da na��o. A pauta ser� constru�da e mais amplamente discutida. No in�cio do ano passado, tivemos uma quest�o muito s�ria: a n�o instala��o de nenhuma comiss�o. Quando isso acontece, voc� empodera muito alguns l�deres e o presidente da Casa. Isso foi um erro. E, ao mesmo tempo, tirou o pequeno poder que tinha a maioria dos deputados, quando fazem seu trabalho e as discuss�es nas comiss�es. Hoje, a Casa, tem uma pol�mica grande: h� dois lados fortes brigando mais pelo poder do que propriamente pelo Parlamento.
O senhor tem boa rela��o com Bolsonaro. N�o pensa que se lan�ar de forma avulsa quando ele tem um candidato preferido, Arthur Lira, pode trazer preju�zos?
N�o sou candidato do presidente ou do Maia. Sou o candidato do plen�rio. Quero uma pauta construtiva para o Brasil, de harmonia. Tenho condi��es de buscar essa harmonia, tanto com a oposi��o quanto com o presidente. A harmonia tem que ser constru�da, mas com independ�ncia. Os poderes s�o independentes. O que estamos procurando � a independ�ncia do plen�rio, o que hoje n�o h�. Trata-se toda a pauta com poucas pessoas.
Como o senhor tem feito para buscar o apoio dos colegas?
J� liguei para mais de 400 deputados e vou continuar ligando. A partir do dia 4, estarei em Bras�lia e ficarei l� at� o dia da elei��o para conversar pessoalmente com quem for � cidade. E, tamb�m, para discutir melhor o que pode ser constru�do nessa mudan�a. Estou dando aos deputados a op��o de ter um candidato deles, que vem do Parlamento e dos parlamentares.
O senhor cr� no apoio de integrantes da bancada mineira ao seu nome?
Tenho ligado para todos. Fui coordenador da bancada por muitos anos e fiz um trabalho excelente. Fui, tamb�m, vice-presidente da C�mara. Espero que os colegas que me conhecem saibam que n�o estou me colocando por vaidade, mas por querer, junto com a maioria, fazer com que as mudan�as nas�am, principalmente, para que a gente tenha um plen�rio que participe mais. A gente tem 480 deputados que participam muito pouco. A maioria das comiss�es instaladas tem as relatorias dadas para muito poucos, (de forma) quase repetitiva. Tem uma briga entre dois lados. Isso inviabiliza o andamento do Parlamento. Por isso coloquei meu nome.