Bras�lia – A duas semanas de deixar a presid�ncia da C�mara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que ser� inevit�vel que o Congresso crie uma comiss�o parlamentar de inqu�rito (CPI) para investigar as mortes e a falta de planejamento do governo federal durante a pandemia do novo coronav�rus.
Outro tema que, segundo ele, dever� surgir no plen�rio � o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. A declara��o do parlamentar foi feita depois de reuni�o da Mesa Diretora, que confirmou a elei��o para o comando do Congresso na noite de 1º de fevereiro.
Outro tema que, segundo ele, dever� surgir no plen�rio � o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. A declara��o do parlamentar foi feita depois de reuni�o da Mesa Diretora, que confirmou a elei��o para o comando do Congresso na noite de 1º de fevereiro.
Maia tamb�m criticou o ministro da Sa�de, o general Eduardo Pazuello, escolhido para o cargo por ser especialista em log�stica, por n�o ter conseguido se antecipar ao colapso do sistema de sa�de de Manaus.
A Advocacia Geral da Uni�o informou ao Supremo Tribunal Federal que notificou Pazuello sobre o risco de colapso na capital amazonense em 3 e 4 de janeiro, e novamente seis dias depois.
A Advocacia Geral da Uni�o informou ao Supremo Tribunal Federal que notificou Pazuello sobre o risco de colapso na capital amazonense em 3 e 4 de janeiro, e novamente seis dias depois.
“N�o tem planejamento no governo federal. O presidente mesmo coloca dessa forma, uma narrativa de que o Supremo tirou o poder do governo federal de agir nos estados, e n�o foi nada disso. O Supremo deixou claro que a coordena��o do SUS � do governo federal”, disse Maia. “Eu sei de laborat�rio que mandou e-mail durante v�rias semanas no ano passado para vender vacina, e n�o foi nem respondido. E essa vacina est� imunizando os EUA, a Gr�-Bretanha. N�o h� planejamento e n�o se acreditava na import�ncia da vacina”, continuou.
O parlamentar afirmou ainda: “O que me estranha � que quando o ministro Pazuello foi escolhido, acho que ele � um bom militar, o motivo que o levou ao minist�rio era ser bom de log�stica, o que se provou um fracasso. Pelo menos at� o momento. Se ele fosse bom de log�stica, teria organizado e planejado, acompanhando os indicadores de crescimento do problema em Manaus e outras regi�es, de forma a n�o faltar insumos para o trabalho dos profissionais de sa�de”, criticou Maia.
De acordo com Maia, essa postura do governo “vai virar uma grande investiga��o”. “� inevit�vel que a gente tenha, pelo menos, uma grande CPI, que seja da C�mara ou do Congresso, a partir de um pouco mais na frente, e certamente essa investiga��o vai chegar aos respons�veis pelo n�o atendimento ao e-mail de uma ind�stria farmac�utica querendo vender vacina para o Brasil, e que agora j� n�o tem mais essas vacinas para vender. Toda essa desorganiza��o, toda essa falta de capacidade de log�stica e de entrega de equipamentos e insumos aos estados e munic�pios, isso tudo vai ficar claro mais na frente”, criticou.
IMPEACHMENT
Questionado, especificamente, sobre um processo de impeachment, Maia destacou que � preciso ter cuidado para n�o retirar o foco do enfrentamento � pandemia. “Nesse momento, acho que, com tantas vidas perdidas pelo Brasil, e com o caso dram�tico de Manaus, acho que esse tem que ser o nosso foco. N�o que o tema do impeachment n�o deva entrar na pauta, ou uma CPI para investigar tudo que aconteceu na �rea de sa�de na pandemia. Mas, se neste momento a gente tira o foco do enfrentamento � COVID, a gente transfere para o Parlamento uma crise pol�tica, e deixa de focar no principal, que � tentar salvar vidas”, argumentou.
Maia parabenizou o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), e o Instituto Butantan pela vacina. Destacou que o governador paulista chegou a sofrer ataques nas redes, por planejar e garantir a compra e a vacina��o da popula��o do estado, enquanto Jair Bolsonaro afirmava que n�o compraria a vacina e trabalhava contra a distribui��o do imunizante no pa�s. Para o parlamentar, Doria foi desrespeitado por causa da parceria com o laborat�rio chin�s que produziu a CoronaVac.
ELEI��O
Rodrigo Maia confirmou que a elei��o para o comando da Casa ser� realizada de forma totalmente presencial em 1º de fevereiro. A decis�o foi tomada pela Mesa Diretora da Casa, com o voto contr�rio de Maia. A Casa estudava a possibilidade de voto virtual ao menos para os deputados do grupo de risco da COVID, mas o bloco do candidato Arthur Lira (PP-AL), l�der do Centr�o, era contra. O Progressistas j� havia questionado oficialmente a C�mara, inclusive, levantando suspeitas sobre ataques hackers.
Para resolver o imbr�glio, a Mesa Diretora da C�mara foi convocada para reuni�o ontem para deliberar e definir o formato da elei��o. "Decidiu-se por maioria, contra meu voto, n�o haver flexibilidade na vota��o presencial", disse Maia. Ele era a favor da flexibiliza��o para os idosos e para parlamentares com comorbidades. De acordo com Maia, em raz�o dessa decis�o, 513 deputados e um total de ao menos 3 mil pessoas ter�o que comparecer � C�mara no dia da vota��o.
Ele lembrou a posse do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Fux, em que v�rios convidados, incluindo Maia, se contaminaram com a covid-19. "Vamos trazer parlamentares de 27 estados em um momento de crescimento da pandemia", disse, destacando que a nova variante do v�rus � mais contagiosa e letal. A Mesa Diretora adiou a terceira decis�o que deveria ter tomado sobre a validade das assinaturas de deputados suspensos do PSL, o que pode tirar o partido do bloco de Baleia Rossi (MDB-SP) e colocar a sigla no de Lira. A legenda � a segunda maior bancada da Casa.