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Estado de Minas POL�TICA

Briga Bolsonaro x Doria afeta obras no Estado de SP


22/01/2021 13:00

A escalada da disputa pol�tica e da ret�rica de ataques entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador Jo�o Doria (PSDB) chegou ao �pice ap�s o in�cio da vacina��o contra a covid-19 em S�o Paulo, no domingo passado, dia 17. Autoridades do Estado atribuem � tens�o pol�tica entre os dois dificuldades que t�m afetado o andamento de obras no Estado que dependem de aval ou financiamento da Uni�o.

Os entraves nas negocia��es de obras e programas paulistas n�o s�o in�ditos, mas, na avalia��o de integrantes do governo Doria, desentendimentos antes tidos como pontuais j� s�o definidos como uma a��o coordenada da gest�o Bolsonaro. O objetivo, segundo eles, seria inviabilizar projetos desejados pela administra��o paulista que beneficiariam o Estado.

H� atraso em pelo menos duas obras que dependem diretamente da Caixa Econ�mica Federal e do Minist�rio da Infraestrutura, al�m de outros projetos atingidos. Segundo interlocutores do presidente, Bolsonaro teria proibido integrantes do governo de atender a qualquer demanda do governador, a quem classificou de "moleque" ap�s ser chamado de "fac�nora" por Doria (mais informa��es nesta p�gina).

S�o Paulo se queixa de um recuo da gest�o Bolsonaro na constru��o do Piscin�o Jaboticabal, obra tida como a solu��o para evitar as enchentes do Rio Tamanduate� e dos ribeir�es dos Couros e dos Meninos, que ocorrem nas divisas da capital paulista com as cidades de Santo Andr�, S�o Bernardo do Campo e S�o Caetano do Sul.

A obra est� or�ada em R$ 300 milh�es e seria financiada pela Caixa, segundo acordo que o secret�rio de Infraestrutura e Meio Ambiente paulista, Marcos Penido, disse ter firmado com o banco. Mas, depois de todas as tratativas, a linha de cr�dito ficou congelada e, quando liberada, atendeu a um volume de recursos menor, de R$ 100 milh�es. "Teremos agora de buscar, dentro do Tesouro do Estado, os recursos para a constru��o", disse Penido.

Todos os pedidos de cr�dito solicitados ao banco s�o analisados "de maneira isenta e independente", informou a Caixa por meio de nota. Sobre a redu��o do valor, a institui��o alega que "vem priorizando" opera��es de cr�dito com valores menores, de modo a beneficiar mais Estados e munic�pios.

Ponte Santos-Guaruj�

Outra obra atrasada � a Ponte Santos-Guaruj�. As atuais conversas t�cnicas sobre a constru��o de uma ponte ou um t�nel conectando as duas cidades da Baixada Santista ocorrem desde 2012 e, em 2019, a Secretaria Estadual de Log�stica e Transportes definiu a ponte como a solu��o mais vi�vel, dados os custos. A vantagem, alega o governo paulista, � que ela seria constru�da sem dinheiro p�blico: a Ecovias, concession�ria das Rodovias Anchieta e Imigrantes, deve fazer a obra em troca da renova��o dos atuais contratos de concess�o.

O entrave � que a ponte precisa ocupar trecho do Porto de Santos e limita as possibilidades de expans�o da zona portu�ria, de responsabilidade federal. Sem a autoriza��o da gest�o Bolsonaro, a obra n�o sai. Os t�cnicos do governo paulista afirmaram que j� atenderam uma s�rie de solicita��es feitas por Bras�lia, como aumentar as vigas de sustenta��o da ponte para que o v�o entre elas seja de 750 metros.

Tamb�m em nota, o Minist�rio da Infraestrutura disse que est� "de acordo" com o pleito de uma liga��o seca entre as margens e defende uma solu��o que atenda �s demandas da sociedade e seja compat�vel com os estudos que indicam a evolu��o da movimenta��o do porto hoje e no futuro. O tema � avaliado no contexto da desestatiza��o do Porto de Santos, cujos estudos tiveram in�cio em setembro passado. Sobre a proposta do governo paulista para viabilizar a ponte, em vez do t�nel, "o projeto ainda est� sob an�lise do minist�rio e do BNDES", diz a nota.

O governo paulista se queixa ainda de que o projeto de duplica��o da Rodovia Rio-Santos deixou de fora o trecho paulista. Assim como a ponte, essa obra seria tocada pela empresa que vencer a concess�o da Nova Dutra: quem levar a concess�o tem de duplicar a Rio-Santos como contrapartida. S� que o projeto prev� a duplica��o at� Paraty, no Rio. "Eles sequer nos procuraram", disse o secret�rio estadual de Log�stica e Transportes, Jo�o Octaviano. Ele alegou que, se S�o Paulo fosse inclu�do, poderia haver melhorias no Porto de S�o Sebasti�o, que � atendido pela rodovia. Sem mencionar benfeitorias em S�o Paulo, o Minist�rio da Infraestrutura informou que todas as obras "s�o pautadas por crit�rios estritamente t�cnicos visando os interesses p�blicos". As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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