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Estado de Minas DISPUTA ANTECIPADA

'Cart�o vermelho': Bolsonaro pro�be ministros de atender a pedidos de Doria

Interlocutores no Planalto dizem que o presidente avisou seus ministros sobre o 'impedimento' e amea�ou dar 'cart�o vermelho' a quem 'fizer gra�a'


22/01/2021 13:05 - atualizado 22/01/2021 14:39

Bolsonaro acredita que Doria e Rodrigo Maia trabalham juntos para desgastar imagem do presidente(foto: Divulgação/Governo de São Paulo)
Bolsonaro acredita que Doria e Rodrigo Maia trabalham juntos para desgastar imagem do presidente (foto: Divulga��o/Governo de S�o Paulo)
O presidente Jair Bolsonaro proibiu ministros de atender a qualquer pedido do governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), seu advers�rio pol�tico. Quem conversar e fizer "gra�a" para o governador tamb�m est� sujeito a receber cart�o vermelho. A ordem foi refor�ada depois que Doria deu a largada para a vacina��o contra a COVID-19, no �ltimo domingo, 17, tirando o protagonismo do governo federal.

Bolsonaro est� convencido de que o tucano trabalha em sintonia com o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para desgastar cada vez mais o governo e articular o impeachment. "N�o v�o conseguir me derrubar", disse ele, em recente conversa com aliados, segundo relatos obtidos pelo Estad�o.

Candidato a novo mandato, o presidente afirmou que Doria fez da vacina Coronavac uma jogada de marketing para ter os holofotes porque quer sua cadeira, em 2022. Em mais de uma ocasi�o, Bolsonaro chamou Doria de "calcinha apertada" e "gravatinha". As express�es s�o usadas por ele, em reuni�es com ministros, para se referir ao governador.

A rela��o entre os dois come�ou a desandar ainda mais em abril do ano passado. No fim daquele m�s, Doria ligou para o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o aconselhou a sair do governo para salvar a sua biografia. O telefonema de Doria para Guedes ocorreu logo ap�s o ex-juiz da Lava Jato S�rgio Moro desembarcar do Minist�rio da Justi�a. Informado pelo pr�prio PG, apelido do chefe da equipe econ�mica, Bolsonaro come�ou a arquitetar sua vingan�a.

Diante da animosidade cada vez maior entre os pal�cios do Planalto e dos Bandeirantes, auxiliares do presidente que ainda conversam com o governador paulista pedem para que nunca tenham os nomes citados.

A dobradinha entre Doria e Maia para construir uma sa�da diplom�tica com a China, na tentativa de impedir que a vacina��o contra o coronav�rus seja interrompida por falta de mat�ria-prima, aumentou a irrita��o de Bolsonaro. Foi por ordem dele que o Minist�rio das Comunica��es divulgou uma nota, na quarta-feira, 20, para avisar que "o governo federal � o �nico interlocutor oficial com o governo chin�s".

A Coronavac j� foi chamada por bolsonaristas de "vacina chinesa do Doria", mas agora, ap�s v�rias derrotas, o Planalto corre atr�s do imunizante. Para o vice-presidente Hamilton Mour�o, essa disputa ideol�gica muitas vezes � prejudicial ao governo. "Eu acho que, em determinados momentos, nossos apoiadores mais radicais se perdem", disse o vice-presidente, recorrendo � imagem do futebol. Logo depois, abriu um sorriso. "� aquele atacante que corre demais com a bola e sai com ela pela linha de fundo", emendou. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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