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Estado de Minas ENTREVISTA

'Neste momento, o impeachment n�o tende a prosperar', diz Simone Tebet

A senadora Simone Tebet � candidata � Presid�ncia do Senado pelo MDB


25/01/2021 07:10 - atualizado 25/01/2021 09:08

"N�o existe impeachment no Brasil sem rua, manifesta��o popular e vontade da popula��o", avalia a senadora Simone Tebet (foto: Marcos Oliveira/Ag�ncia Senado)

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), candidata � presid�ncia do Senado, avalia que n�o h� clima pol�tico para um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

Apesar da "apreens�o" nas ruas com o atraso na vacina��o contra a COVID-19, a parlamentar n�o v� hoje ambiente para o Congresso afastar o chefe do Executivo. "Neste momento, o impeachment n�o tende a prosperar", afirmou a parlamentar, em entrevista ao Estad�o/Broadcast.

Para a senadora do MDB, o aux�lio emergencial precisa ser discutido com urg�ncia. Ela lan�ou, por�m, a responsabilidade para o governo federal.

Em uma tentativa de se contrapor ao advers�rio e candidato do Pal�cio do Planalto, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que n�o se pode mexer no teto de gastos. Admitiu, por�m, uma nova rodada do aux�lio emergencial por cr�dito extraordin�rio, que fica fora da limita��o.

Confira os principais trechos da entrevista:

A senhora v� pessimismo nos rumos da crise da COVID-19?

H� pessimismo porque n�o � a vacina que est� dando o tom no Brasil, � a doen�a. N�o temos um cronograma claro de vacina��o que possa apontar quando retomar a atividade econ�mica sem amea�a de lockdown. Enquanto a mola-mestre for a doen�a, e n�o a vacina, o clima vai ser de apreens�o. Isso se reflete nas ruas, na irrita��o, na ang�stia e em alguns casos no desespero, como em Manaus.

A perman�ncia do ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, no cargo ficou insustent�vel?

Nessa �ltima semana, houve uma mudan�a de 180º na postura do Minist�rio da Sa�de. Vamos acompanhar os pr�ximos dias. O Congresso pode convidar o ministro para falar, e � at� saud�vel que o fa�a. � muito importante separar esse momento de qualquer outro. Temos um inimigo comum. Ou unimos for�as agora e resolvemos a quest�o da vacina��o e depois discutimos responsabilidades ou vamos morrer abra�ados. � hora de uma bandeira branca da paz.

A demora da vacina imp�e a retomada do aux�lio emergencial?

� imprescind�vel, no dia 1º de fevereiro, come�ar a discuss�o sobre a continuidade do aux�lio emergencial com o governo federal. N�o pode ser 60 nem 30 milh�es de brasileiros, o cadastro tem que ser filtrado com os n�meros que n�s n�o temos. O governo federal tem que entrar nessa discuss�o. Esse aux�lio tem que vir nos limites fiscais. N�o podemos dar agora um analg�sico e depois matar o paciente de fome porque faltou dinheiro para tudo. Desta vez, o Congresso vai ter de acompanhar a decis�o pol�tica e econ�mica do governo federal em rela��o ao valor e ao tempo do aux�lio. Apesar de dif�cil, � poss�vel ter um espa�o fiscal.

A equipe econ�mica e o mercado resistem a um cr�dito extraordin�rio, fora do teto de gastos, para o aux�lio. � poss�vel?

Se for a �nica sa�da, ter� que ser por medida provis�ria criando um cr�dito. Mas pode haver uma alternativa a ser apresentada pelo pr�prio governo em um poss�vel corte em gasto tribut�rio ou alguma gordura, abrir m�o de iniciar algum grande investimento.

A crise aumentou a press�o por um processo de impeachment. V� base para isso?

Um processo de impeachment, antes de ser jur�dico, de haver ou n�o crime de responsabilidade, � um processo pol�tico. N�o existe impeachment no Brasil sem rua, manifesta��o popular e vontade da popula��o. A maioria da popula��o, talvez pela preocupa��o com o sistema de sa�de e atraso de vacina��o, � contra. N�o analisei juridicamente os pedidos. Neste momento, o impeachment n�o tende a prosperar. Qualquer an�lise de poss�vel crime eu deixo para o Minist�rio P�blico e o Judici�rio em uma discuss�o sobre crime comum.

A senhora quer deixar o presidente tranquilo em rela��o ao impeachment ao prometer uma rela��o harm�nica?

Eu n�o mudei de lado. Eu continuo sendo uma senadora independente. Essa harmonia depende da independ�ncia. Qualquer inger�ncia do Executivo em candidaturas fere a independ�ncia e n�o � boa para a democracia. Eu n�o preciso tranquilizar o governo porque eu votei mais a favor do governo do que o pr�prio candidato do governo. Tenho uma pauta econ�mica muito pr�xima da pauta liberal do governo federal.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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