
Os efeitos econ�micos da COVID-19 fizeram com que cada cidad�o apto � ajuda recebesse R$ 600 nos cinco primeiros meses e R$ 300 nos tr�s �ltimos. O Estado de Minas consultou os 53 deputados federais mineiros para se manifestarem sobre o assunto. Pelo menos 34 se dizem favor�veis � extens�o, ainda que divirjam em pontos como o valor mensal e a dura��o da ajuda.
Desses, seis dir�o “sim” � prorroga��o somente se houver respeito ao or�amento federal. Um parlamentar afirma ser contr�rio � ideia. H�, tamb�m, quem prefira seguir as orienta��es do Minist�rio da Economia e esperar eventual proposta chegar ao plen�rio para an�lise. Quatorze congressistas est�o no grupo dos que n�o responderam ou n�o retornaram os contatos.
Principais candidatos ao comando da C�mara, Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP) consideram estender o benef�cio, desde que dentro dos limites impostos pelas contas p�blicas.
Candidato tamb�m, o mineiro F�bio Ramalho (MDB) cr� que o teto n�o pode impedir a concess�o da ajuda. Andr� Janones (Avante), outro a disputar o pleito, � defensor do pagamento. O fluminense Chiquinho Braz�o (Avante) apresentou proposta para retomar o aux�lio at� abril, com o mesmo valor. F�bio Henrique (PDT-CE) sugeriu a extens�o at� junho. Isso porque a COVID-19 segue matando muita gente todos os dias no pa�s e impactando a economia, com fechamento de servi�os considerados n�o essenciais em v�rias cidades do Brasil.
Candidato tamb�m, o mineiro F�bio Ramalho (MDB) cr� que o teto n�o pode impedir a concess�o da ajuda. Andr� Janones (Avante), outro a disputar o pleito, � defensor do pagamento. O fluminense Chiquinho Braz�o (Avante) apresentou proposta para retomar o aux�lio at� abril, com o mesmo valor. F�bio Henrique (PDT-CE) sugeriu a extens�o at� junho. Isso porque a COVID-19 segue matando muita gente todos os dias no pa�s e impactando a economia, com fechamento de servi�os considerados n�o essenciais em v�rias cidades do Brasil.
'Vida relativamente normal'
Dos mineiros ouvidos pela reportagem, o �nico a cravar que votar� “n�o” se o tema chegar ao plen�rio � Cabo Junio Amaral (PSL). “J� se sabe muita coisa dessa doen�a para se prevenir e continuar com a vida relativamente normal. N�o � um saco sem fundo. O dinheiro p�blico n�o � do Estado. � de todo mundo. A produ��o do pa�s est� totalmente comprometida. J� estamos inseridos em um imenso compromisso de d�vida para pagar o aux�lio. N�o podemos colapsar”, diz, alegando que a maioria dos setores econ�micos — exceto os que provocam grandes aglomera��es — t�m condi��es para a retomada.
Tiago Mitraud (Novo), por seu turno, prefere esperar a retomada dos trabalhos para conhecer a fundo o projeto e opinar sobre uma poss�vel prorroga��o. Aelton Freitas (PL) n�o tem opini�o formada e seguir� a orienta��o do partido, enquanto L�o Motta (PSL) preferiu n�o se manifestar. Dr. Frederico (Patriota) e Lafayette Andrada (Republicanos) v�o acompanhar a diretriz tra�ada pelo governo federal.
Al� Silva (PSL) aprova a ideia, desde que a origem dos recursos seja evidenciada. A opini�o � semelhante � de Bilac Pinto (DEM), Gilberto Abramo (Republicanos), Lincoln Portela (PL) e Lucas Gonzalez (Novo) — defensor de contrapartidas, como a redu��o de custos da m�quina p�blica. “A prud�ncia e a diplomacia — no lugar da ideologia — s�o fundamentais (� preciso) elaborar alguma coisa para que o povo brasileiro seja contemplado. Simplesmente fazer por fazer pode gerar um caos ainda pior l� na frente”, afirma Portela, que tamb�m quer controles r�gidos para evitar fraudes.
Gonzalez e Z� Silva (PSD) gostariam de um aux�lio menor que os R$ 600 aplicados pelos primeiros cinco meses. Para M�rio Heringer, se o valor inicial n�o puder ser cumprido, ao menos R$ 413 devem ser repassados, por m�s, a cada benefici�rio. Quanto � dura��o, a maioria dos parlamentares responde que o aux�lio deve durar at� o fim da pandemia ou, pelo menos, at� abril, como j� proposto no Projeto de lei 5.650/20.
Filiada ao Psol, �urea Carolina prop�e que o pagamento de R$ 600 se torne programa permanente. A ideia, apresentada pela bancada do partido da mineira, � que m�es solteiras tenham direito ao dobro desse valor. “Na nossa proposta, o benef�cio poder� ser acumulado com programas important�ssimos, como Benef�cio de Presta��o Continuada (BPC), Bolsa-Fam�lia e ProUni, e ser� financiado com a taxa��o dos super-ricos”, prop�e. Leonardo Monteiro (PT), Mauro Lopes (MDB), Eduardo Barbosa e Rodrigo de Castro — ambos do PSDB— falam em aux�lio por tempo indeterminado ou at� a transforma��o em programa de renda m�nima, como o Bolsa-Fam�lia.
Senadores querem prorroga��o
Os tr�s senadores mineiros se dizem favor�veis � prorroga��o do aux�lio emergencial. A priori, contudo, o tema n�o deve ser discutido no plen�rio da C�mara Alta do Congresso. “A situa��o no Brasil ainda � muito grave e n�o podemos deixar desamparados aqueles que mais precisam da aten��o do Estado neste momento de dificuldades. Vamos precisar de uma solu��o vi�vel e respons�vel, com valores que ainda precisam ser debatidos com o governo, j� que a situa��o fiscal do Brasil tamb�m n�o � boa. Nosso desafio vai ser encontrar esse equil�brio”, sustentou Antonio Anastasia (PSD).
Seu colega de partido, Carlos Viana, acredita que a imuniza��o dos brasileiros deve nortear o benef�cio. “Sou a favor da prorroga��o at� que tenhamos pelo menos um ter�o da popula��o vacinada e o n�mero de contamina��es em queda e que permitam a volta de todas as atividades. O valor tem de ser definido pelo or�amento dis- pon�vel. Se for poss�vel, (pagar) os R$ 600. Caso contr�rio, temos de definir junto ao Minist�rio da Economia. O que n�o pode- mos � deixar a popula��o mais carente sem uma renda m�nima que garanta sua sobreviv�ncia com dignidade”.
“A forma de fazer, se � com cr�dito extra, com cumprimento do teto, rompimento do teto, isso tudo n�s precisamos dialogar com o Minist�rio da Economia para encontrar esse caminho. Tem que ser r�pido, porque a fome n�o espera”, disse, ao jornal Estado de S.Paulo Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que disputar� a presid�ncia do Senado amanh� (1º/2).
Aux�lio Emergencial
Como devem votar os parlamentares mineiros
SIMAndr� Janones (Avante), �urea Carolina (Psol), Charles Evangelista (PSL), Domingos S�vio (PSDB), Eduardo Barbosa (PSDB), Emidinho Madeira (PSB), Eros Biondini (Pros), F�bio Ramalho (MDB), Franco Cartafina (PP), J�lio Delgado (PSB), Leonardo Monteiro (PT), Luis Tib� (Avante), Marcelo Aro (PP), M�rio Heringer (PDT), Mauro Lopes (MDB), Odair Cunha (PT), Padre Jo�o (PT), Patrus Ananias (PT), Paulo Abi-Ackel (PSDB), Paulo Guedes (PT), Pinheirinho (PP), Reginaldo Lopes (PT), Rodrigo de Castro (PSDB), Rog�rio Correia (PT), Subtenente Gonzaga (PDT), Vilson da Fetaemg (PSB), Z� Silva (PSD) e Z� V�tor (PL)
Al� Silva (PSL), Bilac Pinto (DEM), Gilberto Abramo (Republicanos), Lincoln Portela (PL), Lucas Gonzalez (Novo), Stefano Aguiar (PSD)
SEGUIR� ORIENTA��O DO GOVERNO
Doutor Frederico (Patriota), Lafayette
Andrada (Republicanos)
SEGUIR� ORIENTA��O DO PARTIDO
Aelton Freitas (PL)
VAI DEBATER A PROPOSTA
Tiago Mitraud (Novo)
N�O
Cabo Junio Amaral (PSL)
Cabo Junio Amaral (PSL)
Observa��o: N�o retornaram o contato ou n�o responderam: A�cio Neves (PSDB), Delegado Marcelo Freitas (PSL), Diego Andrade (PSD), Dimas Fabiano (PP), Euclydes Pettersen (PSC), Fred Costa (Patriota), Greyce Elias (Avante), Herc�lio Coelho Diniz (MDB), Igor Timo (Podemos), L�o Motta (PSL), Marcelo �lvaro Ant�nio (PSL), Misael Varella (PSD), Newton Cardoso Jr. (MDB) e Weliton Prado (Pros).
* Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz