
O Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Minist�rio P�blico do Distrito Federal (MPDFT) deflagrou na manh� desta quarta-feira (03/02) uma opera��o para investigar o suposto pagamento de propina para o ex-vice-governador Tadeu Filippelli e o ex-deputado federal Eduardo Cunha.
De acordo com as investiga��es, eles se envolveram em um esquema montando para reduzir a al�quota do ICMS que incidia sobre querosene de avi�o no Distrito Federal. A redu��o, de 25% para 12% foi viabilizada por meio de lei local, aprovada pela C�mara Legislativa do Distrito Federal. As empresas Gol e Latam teriam feito os repasses ilegais.
Al�m do Distrito Federal, a opera��o est� sendo realizada em quatro estados (SP, RJ, ES, GO), com o cumprimento de 20 mandados de busca e apreens�o. A propina teria sido recebida por meio da empresa C3 Atividades de Internet LTDA, administrada pela esposa de Cunha, Cl�udia Cruz e transferidas ao doleiro L�cio Funaro.
De acordo com a PF, as investiga��es foram deflagradas a partir de informa��es prestadas por Funaro em acordo de dela��o premiada. O operador de propina para Filippelli seria Afr�nio Souza, que teria recebido os recursos ilegais por meio da Objetiva Consultoria e Participa��es. O ex-vice-governador teria utilizado a compra de im�veis em Taguatinga para lavar dinheiro.
Al�m deles, tamb�m estaria envolvido o empres�rio Henrique Constantino, da Gol, que teria pago propina para que a empresa obtivesse sucesso na libera��o de empr�stimo na Caixa Econ�mica Federal e a desonera��o da folha de pagamento dos empregados do setor a�reo e rodovi�rio.
Nota da defesa de Eduardo Cunha
"A opera��o de hoje � um retorno ao famigerado per�odo das pirotecnias acusat�rias. N�o h� d�vida de que se trata de algo fabricado politicamente, com o intuito de retaliar, de forma injusta, algu�m que vem cumprindo rigorosamente todas as condi��es que lhe foram impostas pela Justi�a ao conceder a pris�o domiciliar. N�o se buscou nem mesmo disfar�ar tamanha ilegalidade. Os pr�prios investigadores confessam que os fatos, os quais n�o guardam qualquer rela��o com Eduardo Cunha, s�o antigos, n�o passam de 2014. A defesa do ex-deputado confia nas inst�ncias superiores do Poder Judici�rio para corrigir tamanha ilegalidade."
Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e D�lio Lins e Silva, advogados de Eduardo Cunha