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Estado de Minas 'O SABOTADOR'

Bolsonaro recusou tr�s ofertas de vacina do Butantan em 2020

Segundo reportagem publicada pela revista Piau� nesta sexta-feira (05/02), presidente recusou por tr�s vezes a compara da CoronaVac


05/02/2021 14:38 - atualizado 05/02/2021 15:16

Jair Bolsonaro (foto: Marcos Corrêa/PR)
Jair Bolsonaro (foto: Marcos Corr�a/PR)
Enquanto o Brasil ainda n�o tinha tra�ado um plano de vacina��o e n�o havia fechado acordos com nenhuma farmac�utica para adquirir imunizantes contra a COVID-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu tr�s ofertas do Instituto Butantan para comprar a CoronaVac, vacina produzida em parceria com o laborat�rio chin�s Sinovac.

� o que aponta a reportagem “O sabotador”, publicada pela revista Piau� nesta sexta-feira (05/02).

A a��o de Bolsonaro colocou o Brasil em atraso em compara��o aos outros pa�ses. Cerca de 50 na��es come�aram a vacina��o antes. Al�m do atraso, o pa�s acabou sendo prejudicado em acordos de compra de novos imunizantes.

 
30 de julho 


Segundo a reportagem, a primeira oferta, feita em 30 de julho, por meio do of�cio 160/2020, informava que o instituto tinha condi��es de fornecer “60 milh�es de doses da vacina a partir do �ltimo trimestre de 2020”.

A correspond�ncia, assinada pelo diretor do Butantan, Dimas Covas, foi endere�ada ao ministro da Sa�de, general Eduardo Pazuello.

A Piau� aponta que o Butantan nunca recebeu uma resposta sobre a oferta.
 
Primeira oferta do Instituto Butantan para o governo federal(foto: Butantan/Reprodução)
Primeira oferta do Instituto Butantan para o governo federal (foto: Butantan/Reprodu��o)
 
 

18 de agosto 


O Instituto, por sua vez, voltou a insistir em colocar a vacina no plano nacional em 18 de agosto. Por meio de of�cio, sob o n�mero 177/2020, o Instituto reafirmou a proposta.

Nesse documento, o Butantan se comprometia a fornecer 45 milh�es de doses em dezembro e 15 milh�es no primeiro trimestre de 2021, ao custo de 21,50 reais a dose.

Mais uma vez, ficou sem resposta.
 
Segunda oferta do Instituto Butantan para o governo federal(foto: Butantan/Reprodução)
Segunda oferta do Instituto Butantan para o governo federal (foto: Butantan/Reprodu��o)
 

7 de outubro 

Em 7 de outubro, o Butantan decidiu tentar de novo e enviou outro of�cio ao Minist�rio da Sa�de. Dessa vez, alertando sobre a grande demanda pela CoronaVac no mercado mundial e, tamb�m, entre estados e munic�pios brasileiros. 

No documento, o Instituto esclareceu que a vacina estava “em est�gio mais avan�ado para a administra��o na popula��o e com cronograma de entrega de grandes volumes j� a partir de janeiro de 2021”. “Sobre esta proposta, solicitamos a manifesta��o do minist�rio o mais breve poss�vel.”

De acordo com a reportagem, foi Covas que entregou o terceiro of�cio ao ministro da Sa�de.
 
Terceira oferta do Instituto Butantan para o governo federal(foto: Butantan/Reprodução)
Terceira oferta do Instituto Butantan para o governo federal (foto: Butantan/Reprodu��o)
 

Cerca de duas semanas depois, o Minist�rio da Sa�de mandou uma carta ao Butantan tratando da inten��o de comprar 46 milh�es de doses da CoronaVac, mas Bolsonaro logo deu ordens para suspender tudo e, publicamente, garantiu que n�o compraria nenhuma dose da “vacina chinesa do Doria”.
 
Na �poca, Bolsonaro desautorizou a compra em live feita no Instagram. “Um manda, outro obedesce”, relatou Pazuello na �poca.

 
Compra da CoronaVac

Governador de São Paulo, João Doria(foto: Governo de SP/Reprodução)
Governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (foto: Governo de SP/Reprodu��o)
Em meio � “guerra da vacina��o”, Jair Bolsonaro e o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), discutiam em p�blico sobre a implanta��o da CoronaVac em um futuro plano de vacina��o. D�ria chegou at� mesmo a passar � frente do presidente e colocar o imunizante no plano de S�o Paulo. Ambos pretendem concorrer nas elei��es presidenciais de 2022.

Enquanto Doria fazia discursos para implanta��o do imunizante, Bolsonaro negava sua efic�cia e adotava discursos negacionistas. Entre eles, o tratamento precoce e o uso de hidroxicloroquina. Nenhum desses m�todos tem comprova��o cient�fica contra a COVID-19.

At� que, em janeiro de 2021, depois de recusar as tr�s ofertas apresentadas no segundo semestre de 2020, o governo federal ficou com receio das investidas de Jo�o Doria, que estava ganhando popularidade em cima da vacina��o. 

Por isso, o Minist�rio da Sa�de resolveu se comprometer a comprar as 54 milh�es de doses da CoronaVac. A vacina foi a primeira distribu�da e aplicada no Brasil.
 


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