
Em resposta, por meio de nota, o minist�rio acusa o governador de mentir sobre o assunto.
"O Minist�rio da Sa�de, em plena pandemia, em uma das fases mais dif�ceis da segunda onda da pandemia, desabilitou 3.258 leitos de UTI em S�o Paulo. Apesar do agravamento da pandemia do novo coronav�rus, houve uma dr�stica redu��o de leitos de UTI exclusivos para o tratamento de pacientes da COVID-19 financiados pelo Minist�rio da Sa�de", acusou o governador paulista, durante coletiva de imprensa.
Doria defendeu que o "SUS � uma conquista do Brasil" e acusou o Minist�rio da Sa�de de quebrar o pacto federativo ao impor a S�o Paulo a desabilita��o de 3.258 leitos" .
Segundo ele, a decis�o do governo federal "estabelece claramente um vi�s pol�tico no comportamento do Minist�rio da Sa�de no enfrentamento de uma crise grav�ssima".
O governador disse que outros estados tamb�m foram afetados pelas a��es do Minist�rio da Sa�de.
A mesma reclama��o foi feita pelo presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, que cobrou esclarecimentos da pasta a respeito dos cortes na habilita��o de leitos de UTI para o tratamento da COVID-19.
Em postagem nas redes sociais, ele considerou um “descalabro” ter que contar, em fevereiro, com apenas metade desses leitos. “� um descalabro que, apesar do agravamento da pandemia de COVID-19 no Brasil, contaremos em fevereiro com apenas metade dos leitos de UTI exclusivos para tratar pacientes com coronav�rus, financiados pelo @minsaude”, reclamou o presidente da FNP.
“Aguardamos esclarecimentos do @minsaude porque esses leitos fechados poder�o gerar uma avalanche de mortes por desassist�ncia. Os munic�pios n�o compactuam com essa decis�o, que deixa sob responsabilidade local um cen�rio de contornos catastr�ficos”, prosseguiu Donizete.
E concluiu: “N�o descartamos a via judicial caso n�o consigamos resposta concreta e urgente do Minist�rio da Sa�de para assegurarmos recursos para continuar a oferecer atendimento digno para quem precisa”.
Vers�o oficial
O minist�rio, por meio de nota enviada � imprensa, rebateu as acusa��es de Doria, informando ter desabilitado leitos de UTI exclusivos para a COVID-19 apenas ap�s o fim do estado de calamidade p�blica, cuja vig�ncia terminou em 31 de dezembro de 2020.
“Em virtude do t�rmino do Estado de Calamidade P�blica, conforme o decreto legislativo nº 6, de 20 de mar�o de 2020, que reconhecia a ocorr�ncia do estado de calamidade p�blica, com efeitos at� 31 de dezembro de 2020, os recursos de cr�ditos extraordin�rios destinados pelo Governo Federal para enfrentamento � pandemia (cerca de R$ 41,7 bi) foram destinados a estados e munic�pios e aplicados pelo Minist�rio da Sa�de at� 31 de dezembro de 2020”, diz trecho da nota do minist�rio.
Ainda segundo o �rg�o federal, valores extras foram repassados ao estado de S�o Paulo no fim dos meses de dezembro e janeiro.
O minist�rio destaca, por exemplo, a cifra de “R$ 126,6 milh�es, dos quais 22,35% eram para leitos de UTI resultados do Plano de Conting�ncia Estadual”.
“Esse montante seria o suficiente para o Estado de S�o Paulo manter 580 leitos durante 30 dias”, assegurou a pasta comandada pelo general Eduardo Pazuello.
O �rg�o conclui o comunicado afirmando que, “desta forma, o governador do estado de S�o Paulo mente ou tem total desconhecimento”.
Essa troca de acusa��es � o mais recente embate entre o governo do presidente Jair Bolsonaro e o governador paulista.
O pano de fundo desse cen�rio de politiza��o da pandemia � a elei��o presidencial de 2022, da qual o tucano � um dos virtuais candidatos.