
“N�o h� amea�a concreta ao estado democr�tico de direito no Brasil. Pelo menos assim considero. As institui��es est�o fortalecidas e em funcionamento. A democracia est� na ess�ncia do Brasil hoje. Se houvesse riscos concretos � democracia, o Congresso Nacional reagiria prontamente”.
No discurso que fez aos colegas na �ltima segunda-feira (1), antes da elei��o para a Mesa Diretora, Pacheco falou sobre a necessidade de defender o estado democr�tico direito. O tema esteve presente, tamb�m, na fala feita durante a abertura dos trabalhos legislativos, na quarta (3). O comandante do Congresso tem dito, insistemente, que � preciso evitar radicalismos e incentivar o pluralismo de ideias.
“A defesa do estado democr�tico de direito tem que ser falada insistentemente, justamente para que n�o surjam riscos concretos. � uma tecla em que temos que bater constantemente. No dia a dia do Senado, temos que incutir, nos projetos, a l�gica de defesa da Constitui��o, que � fundamental”, afirmou.
‘Instituto que n�o pode ser banalizado’
Ao ser questionado sobre a eventual admiss�o de pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Rodrigo Pacheco disse que o impedimento de um chefe do Executivo deixa sequelas — e, por isso, deve ser tratado com absoluta seriedade.“Impeachment � algo muito grave, s�rio e um instituto que n�o pode ser banalizado. Temos dois epis�dios de impeachment na hist�ria recente do Brasil que foram tristes. (O impedimento) demonstra fragilidade da democracia e da rep�blica. � algo que n�o pode ser banalizado e tem que ser analisado com muita responsabilidade”, pontuou, em men��o �s sa�das de Fernando Collor, em 1992, e Dilma Rousseff, em 2016.
Para embasar os pedidos, opositores de Bolsonaro alegam, sobretudo, falhas na condu��o federal da pandemia do novo coronav�rus. “O presidente do Senado e do Congresso tem que ter muita responsabilidade nessa aprecia��o, haja vista que a an�lise de admissibilidade do impeachment cabe � C�mara dos Deputados e a seu presidente. Portanto, n�o opinarei sobre hip�teses de impeachment”, afirmou o parlamentar.
O senador por Minas Gerais enxerga o momento como prop�cio � busca por solu��es concretas para a crise sanit�ria, como a vacina��o em massa.
“Independentemente desses pedidos, a pandemia atingiu o Brasil e o mundo de maneira surpreendente, muito severa e tr�gica. N�o h� um pa�s ou um estado da federa��o brasileira que tenha s� acertado”.
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A entrevista
Rodrigo Pacheco atendeu a equipe dos Di�rios Associados nessa sexta-feira (05/02), ap�s uma s�rie de encontros com lideran�as pol�ticas de Minas Gerais. Entre este s�bado e domingo, o Estado de Minas publica trechos da conversa. A �ntegra da entrevista poder� ser lida amanh�, nas p�ginas do jornal e na internet.
Ele foi eleito presidente do Senado Federal — e, por consequ�ncia, do Congresso — com 57 votos. Simone Tebet (MDB-MS), a outra concorrente, obteve 21.
