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Estado de Minas COVID-19

Governador que solicitou reuni�o com Pazuello explica pedidos dos estados

Ao Estado de Minas, piauiense Wellington Dias relatou temor por desabastecimento de rem�dios e insumos


17/02/2021 04:00 - atualizado 16/02/2021 20:37

Wellington Dias, governador do Piauí, solicitou reunião de Pazuello com chefes dos Executivos estaduais(foto: Carolina Antunes/PR)
Wellington Dias, governador do Piau�, solicitou reuni�o de Pazuello com chefes dos Executivos estaduais (foto: Carolina Antunes/PR)
Governadores estaduais e o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, se re�nem nesta quarta-feira (17/02) para tratar da pandemia do novo coronav�rus. Al�m de cobrar a divulga��o do cronograma de repasse das vacinas �s localidades e pedir a libera��o de outros compostos, al�m dos imunizantes de Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan, as lideran�as se mostram preocupadas com a assist�ncia aos doentes. A aquisi��o de medicamentos e insumos em falta e o pagamento por leitos em hospitais tamb�m v�o compor a pauta.

Em entrevista ao Estado de Minas, o governador do Piau�, Wellington Dias (PT), coordenador da tem�tica de vacina no F�rum Nacional de Governadores e presidente do Cons�rcio Nordeste, que re�ne os representantes dos estados da regi�o, relatou temor por desabastecimento.

“O pre�o de alguns medicamentos e insumos dispararam. As empresas que nos abastecem n�o est�o cumprindo os contratos com os pre�os anteriores. Isso coloca risco de desabastecimento. Queremos que o minist�rio, com o poder que tenha, fa�a uma requisi��o administrativa e possa, com a Advocacia-Geral da Uni�o, fazer pre�os de refer�ncia, para que a gente possa, sem riscos de ser acusados de qualquer coisa, comprar com base legal”, diz ele, que encaminhou ao Planalto o documento solicitando a reuni�o. O mineiro Romeu Zema (Novo) � um dos signat�rios.

O F�rum de Governadores demonstra preocupa��o com o ritmo da vacina��o no pa�s, um m�s ap�s o in�cio do processo. “Estamos nos aproximando de apenas 3% da popula��o vacinada. Sem cronograma de entrega os estados, h� um agravamento com a dificuldade de planejamento. V�rios munic�pios paralisaram a vacina��o. Saber as datas e o volume de entrega para cada estado permite planejar as duas doses, mobilizando a popula��o para n�o deixar ningu�m, principalmente nessa fase do grupo de maior risco, sem ser vacinado”.

Estados nordestinos t�m memorando que garante a op��o de compra de 50 milh�es de doses da russa Sputnik V. Para que o acordo seja concretizado, contudo, o Minist�rio da Sa�de precisa informar quantas doses vai garantir — visto que, segundo o Plano Nacional de Imuniza��o, unidades s� podem ser compradas por estados, munic�pios e grupos privados se houver excedente.

“Se o governo diz que s� vai comprar 15 milh�es em mar�o, mas a gente tem como conseguir outros 10 milh�es, com qualquer laborat�rio, passamos a poder comprar. Isso � o excedente. A gente precisa sair da reuni�o com a certeza do que vai ser o cronograma de entrega em fevereiro e nos meses seguintes. Assim, garantimos o planejamento para n�o causar tumulto e, ao mesmo tempo, ter as condi��es para dizer que os estados est�o prontos para ampliar a vacina��o com os contratos que t�m”, exemplifica.

Quais as pautas priorit�rias para o encontro desta quarta?
A primeira delas � o cronograma. Em 20 de outubro, chegamos a ter um cronograma, e era bem mais dif�cil. Eram cerca de 15 milh�es de doses em janeiro e 26 milh�es de doses em fevereiro. Tinha um cronograma que permitia planejamento. Esse cronograma foi quebrado logo em seguida. Em janeiro n�o se concretizou. Come�amos a vacinar em 17 de janeiro. Estamos nos aproximando de apenas 3% da popula��o vacinada. Sem cronograma de entrega os estados, h� um agravamento com a dificuldade de planejamento. V�rios munic�pios paralisaram a vacina��o. Saber as datas e o volume de entrega para cada estado permite planejar as duas doses, mobilizando a popula��o para n�o deixar ningu�m, principalmente nessa fase do grupo de maior risco, sem ser vacinado. O cronograma tamb�m permite saber quantas vacinas, m�s a m�s, o minist�rio est� garantindo. Se a sa�de diz que vai garantir 15 milh�es de doses, qualquer vacina que conseguirmos acima disso � considerada excedente. N�s, os estados, queremos e vamos comprar vacinas. Da Pfizer, da Sputnik ou de outras. O presidente precisa sancionar a MP que autoriza a Anvisa a validar vacinas j� aprovadas por outras ag�ncias, em uso no exterior. Vamos ter um portf�lio maior. Isso permite acelerar a vacina��o. H� v�rias empresas dispostas a colocar vacinas, dentro das regras do Plano Nacional de Imuniza��o. Cresceu, no Brasil, a percep��o de que a sa�da � vacina ou vacina.

A pauta tamb�m contempla leitos e medicamentos. O que deve ser discutido?
Houve crescimento do adoecimento. O v�rus com muta��o j� est� presente em todas as regi�es. Fechamos o ano com 12 mil leitos de UTI credenciados. Em janeiro, n�o tivemos a renova��o. Foram descredenciados 6 mil leitos. Isso � uma coisa absurda. Em fevereiro, vencem mais 3 mil. Estamos chegando a 15 mil leitos de demanda, com apenas 3 mil em condi��es legais de pagamento pelo minist�rio. Queremos o pagamento de leitos ocupados em janeiro e fevereiro, e que os pagamentos sejam feitos conforme a demanda. O pre�o de alguns medicamentos e insumos dispararam. As empresas que nos abastecem n�o est�o cumprindo os contratos com os pre�os anteriores. Isso coloca risco de desabastecimento. Queremos que o minist�rio, com o poder que tenha, fa�a uma requisi��o administrativa e possa, com a Advocacia-Geral da Uni�o, fazer pre�os de refer�ncia, para que a gente possa, sem riscos de ser acusados de qualquer coisa, comprar com base legal.

O senhor falou em outras vacinas e do interesse dos estados em comprar. Isso ser� proposto ao ministro?
O Brasil entrou atrasado na vacina��o. O que programamos em janeiro foi chegar em abril vacinando 25% da popula��o brasileira, 50 milh�es de pessoas, onde est� o grupo de maior risco. Pelo que j� aconteceu no Brasil, esse grupo responde por 70% das interna��es e dos �bitos. Vacinar esse grupo � o que vai, de maneira segura, nos levar a salvar muitas vidas e afastar o risco de colapso que vemos em muitas regi�es do Brasil. H� uma proposta para chegarmos a 50% (de vacinados do grupo de risco) em junho. Se isso � verdade, qual � mesmo o cronograma? Os governadores do Nordeste fizeram um memorando para op��o de compra de 50 milh�es de doses da Sputinik, da Uni�o Qu�mica, al�m de (outro memorando para comprar) 50 milh�es de doses da CoronaVac. Se o governo diz que s� vai comprar 15 milh�es em mar�o, mas a gente tem como conseguir outros 10 milh�es, com qualquer laborat�rio, passamos a poder comprar. Isso � o excedente. A gente precisa sair da reuni�o com a certeza do que vai ser o cronograma de entrega em fevereiro e nos meses seguintes. Assim, garantimos o planejamento para n�o causar tumulto e, ao mesmo tempo, ter as condi��es para dizer que os estados est�o prontos para ampliar a vacina��o com os contratos que t�m.


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