
Um projeto de lei proposto por um vereador chamou a aten��o em Divin�polis, regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais, pela peculiaridade e gerou pol�mica. Ele queria proibir a cria��o de pombos no per�metro urbano do munic�pio. A proposta tamb�m vedava a alimenta��o das aves. Entretanto, antes mesmo de chegar �s comiss�es, o autor da mat�ria, Eduardo Azevedo (PSC) a retirou.
A decis�o foi tomada no mesmo dia da reuni�o com os criadores de pombo-correio, realizada nesta segunda-feira (22/02).
O texto alterava o C�digo de Postura do munic�pio no artigo que j� trata da proibi��o, por�m da cria��o de su�nos. Com a mudan�a proposta, ele passava a ter a seguinte reda��o: “� expressamente proibida a cria��o ou a manuten��o tempor�ria de su�nos, bem como a alimenta��o e cria��o de pombos na �rea urbanizada do munic�pio”. A mat�ria incomodou os criadores porque ela n�o detalhava qual o tipo de pombo seria proibido.
Na justificativa, o parlamentar alega que o projeto tinha como “escopo controlar a popula��o de pombos na zona urbana municipal”. Citando uma publica��o do Minist�rio da Sa�de, ele afirma que as aves podem transmitir v�rias doen�as graves, tais como salmonelose, criptococose, histoplamose, onritose e meningite.
“Conv�m salientar que a medida faz com o que os pombos procurem locais mais adequados para viver, com alimenta��o correta e longe dos perigos das cidades. Um pombo na cidade vive em m�dia 4 anos, enquanto que em seu ambiente natural pode viver at� 15 anos”, afirmou o parlamentar na justificativa.
Entretanto, o projeto esbarrou na pr�tica esportiva. Bastou a proposta ser ventilada para os criadores de pombo-correio pressionarem o vereador. Eles alegaram que a mudan�a na lei poderia prejudicar a cria��o das aves para competi��es.
“Depois de muitas explica��es e esclarecimentos sobre a verdadeira fun��o do nosso esporte, da nossa columbofilia, nosso hobby, chegamos � conclus�o que seria um assunto muito complexo, a retirada do projeto de lei seria o melhor caminho”, afirmou o presidente da Sociedade de Columbofilia do Centro-Oeste de Minas, Dilmar Jos� Ferreira.
Ele ainda disse que a inten��o n�o era prejudicar o esporte, mas controlar a popula��o das aves. Entretanto, n�o havia como separar o “pombo de rua” com os “pombos-correios”. “Chegamos � conclus�o de que esse assunto de cria��o de pombos correios como qualquer cria��o de animais dom�sticos, ser� tratado com a vigil�ncia sanit�ria e departamento de maus tratos a animais”, explicou. Ele ainda alertou: “Fica consciente os criadores que a m�-cria��o das devidas aves se resultar� em den�ncia com a vigil�ncia sanit�ria”.
A Sociedade de Columbofilia do Centro-Oeste de Minas � filiada a Federa��o Nacional de Columbofilia e a Internacional. A temporada das competi��es � entre maio e setembro de cada ano com premia��es para os vencedores.
A disputa come�a com 50 quil�metros a serem percorridos pelas aves e � estendido at� a Bahia. Elas s�o levadas em ve�culos at� o ponto de partida, de onde s�o soltas para retornarem para a casa. “� como uma corrida de ciclismo”, compara o presidente da Sociedade. O que chega mais r�pido � o vencedor.
Preju�zo
O vereador disse que decidiu retirar o projeto para evitar preju�zo para a classe. “Nossa inten��o, ao trazer o projeto para a cidade, era o controle das doen�as que s�o transmitidas. Mas o pombo que transmite � o de rua. Ao ver essa quest�o, o projeto iria ser muito restrito e ia prejudicar os criadores, porque tem alguns que vivem disso. N�o tem como separar o de rua, com os de criadores. Fica invi�vel. Para n�o prejudicar a classe retirei”, explicou.
*Amanda Quintiliano especial para o EM