O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) admitiu que o Minist�rio da Sa�de retardou o processo de imuniza��o dos brasileiros contra o coronav�rus. Em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, o parlamentar se negou a dizer que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ou mesmo o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, cometeram crimes de responsabilidade por causa do tom negacionista.
“(O maior erro) Foi ter n�o sido �gil na quest�o da vacina��o. Poderia ter sido mais �gil. Essa avalia��o se � crime de responsabilidade est� no �mbito de um processo. Crime depende de dolo, da inten��o deliberada de fazer, n�s n�o entendemos quais s�o obst�culos para que isso acontecesse. Mas houve um retardamento nessa pol�tica p�blica, mas ela acabou sendo efetivada. Em outros pa�ses, isso tamb�m ocorreu”, afirmou o parlamentar.
Ele teceu elogios ao governo de S�o Paulo, que se empenhou na aprova��o da CoronaVac, e defende a fabrica��o pr�pria da vacina em territ�rio nacional.
“Pode ter havido, sim (atraso no processo). Acho que houve um retardamento da solu��o da vacina no Brasil, apesar de termos a compreens�o do acerto que se tomou nessas decis�es, que foi do governo de S�o Paulo e do Minist�rio da Sa�de de se fazer a produ��o pr�pria no Brasil. A Fiocruz e o Butantan salvar�o os brasileiros atrav�s da imuniza��o, seja com a produ��o pr�pria ou com as importa��es”.
O senador tamb�m admitiu que aceitaria tomar cloroquina, ivermectina e azitromicina, medicamentos que n�o s�o recomendados pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) para o tratamento da COVID-19 e defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro e por Pazuello.
“Essas dificuldades s�o pr�prias de uma pandemia que pegou todo mundo de surpresa, que � grave e tem consequ�ncias que ningu�m imaginava. Quando se fala de protocolo de tratamento com cloroquina, ivermectina, h� m�dicos que receitam isso. Outro dia me perguntaram: 'Se voc� contrair COVID-19, voc� vai tomar isso?” Eu vou tomar s� se o m�dico me receitar”.
VOTO EM 2018
Rodrigo Pacheco disse que n�o se arrependeu de ter votado em Jair Bolsonaro nas elei��es presidenciais de 2018. O parlamentar teve apoio do Pal�cio do Planalto para elei��o da casa h� um m�s contra Simone Tebet (MDB-MS).
Mesmo que Bolsonaro seja criticado ao extremo pela atua��o na pandemia e pela crise econ�mica que assola o pa�s, Pacheco assegura ter feito a escolha certa.
“N�o me arrependo dos votos que fiz. Era um momento de confian�a e de esperan�a. Tinha a op��o de votar no Geraldo Alckmin no primeiro turno, mas ele n�o foi para o segundo turno. Nas op��es que se apresentaram naquele instante, escolhi pelo presidente Jair Bolsonaro”, afirmou o senador.
Ele tamb�m fez elogios ao PT, que fez parte da base que o apoiou na elei��o para o Senado, e citou Fernando Haddad, derrotado por Bolsonaro no pleito de 2018.
“Fa�o um registro do meu respeito � esquerda brasileira, ao Partido dos Trabalhadores, que me apoiou na elei��o para o Senado. Tenho respeito pelo Fernando Haddad, que considero um quadro pol�tico muito bom no Brasil S�o op��es que temos de fazer, Meu eleitor exigia ao voto ao presidente Jair Bolsonaro e eu dei. N�o me arrependo”.
Questionado se eventualmente apoiaria Bolsonaro em 2022, Pacheco desconversou: “Em rela��o �s op��es de 2022, no momento vamos discutir. Agora, temos problemas graves de mortes de pessoas e n�o podemos discutir processo eleitoral em 2022”.