
A posi��o Lewandowski, igual a do ministro Gilmar Mendes, empata o julgamento. Em 2018, quando o caso come�ou a ser analisado, os ministros Edson Fachin e C�rmen L�cia votaram para negar os pedidos da defesa de Lula. Por sua vez, o julgamento foi suspenso, j� que o ministro Kassio Nunes Marques pediu mais tempo (vista) para estudar o processo.
A sess�o desta ter�a-feira (9/3), no entanto, levantou d�vidas se C�rmen ir� mudar sua posi��o no julgamento. Ao comentar a intercepta��o do escrit�rio de advocacia da defesa de Lula, Gilmar disse que o epis�dio remetia a regimes totalit�rios - e foi apoiado pela ministra C�rmen L�cia. "Grav�ssimo", disse a ministra. "Parab�ns pelo voto, ministro Ricardo Lewandowski", ainda afirmou C�rmen ao final da sess�o.
Ao votar, Lewandowski afirmou que ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) n�o foi submetido a um julgamento justo, mas a um "verdadeiro simulacro de a��o penal, cuja nulidade salta aos olhos". O ministro disse ter preparado um voto de 80 p�ginas, que no entanto n�o foi lido integralmente na sess�o. O magistrado preferiu destacar os pontos considerados mais "relevantes".
Para Lewandowski, Moro assumiu papel de coordenador dos �rg�os de investiga��o e acusa��o, onde teria ficado patenteado o abuso de poder no caso. "Um completo menosprezo ao sistema judicial vigente no Pa�s", disse o ministro.
"Por raz�es mais do que esp�rias, porque todos os desdobramentos do processo levam ao desenlace de que o ex-juiz extrapolou os limites ao assumir papel de coordenador dos �rg�os de investiga��o e acusa��o", afirmou Lewandowski.
Da mesma forma que Gilmar, Lewandowski diz que condu��o coercitiva de Lula foi uma "viol�ncia inomin�vel". "Nem animais para o matadouro se leva da forma como se levou um ex-presidente. E s� n�o se foi embarcado em um pequeno avi�o em dire��o � Curitiba porque outras for�as intervieram. A hist�ria revelar� quais foram as outras for�as. Mas s� sabemos o que se passou", disse o ministro.
Embora a discuss�o do caso diga respeito apenas ao tr�plex do Guaruj�, investigadores temem que haja um efeito cascata caso prevale�a a posi��o da dupla, o que poderia contaminar outros processos da Lava Jato.
O caso foi levado � Segunda Turma ap�s o ministro Edson Fachin anular as condena��es impostas ao ex-presidente Lula e, por isso, entender que os processos que discutiam a suspei��o de Moro estariam prejudicados. Esse entendimento, no entanto, n�o foi o mesmo de Gilmar, Lewandowski, C�rmen L�cia e Nunes Marques. N�o h� data para o julgamento ser finalizado, j� que depende da devolu��o do processo por parte de Nunes Marques.