
Nesta semana, quanta ironia, a m�e de Bolsonaro tomou a segunda dose do imunizante. Nesta quarta (10/3), o pr�prio Bolsonaro citou a vacina��o da m�e, em entrevista coletiva, na qual deu meio cavalo de pau no negacionismo em rela��o � pandemia.
Doria est� muito contingenciado em S�o Paulo, pois enfrenta o epicentro da pandemia da covid-19 no Brasil. Ele pode polarizar na crise sanit�ria com Bolsonaro, mas tem dificuldades de relacionamento pol�tico com seu pr�prio partido e, enquanto a pandemia n�o acabar, n�o tem como sair do estado. A candidatura do ex-presidente Lula � uma forte amea�a, porque seu advers�rio eleitoral conhecido � Fernando Haddad. O governador tucano tamb�m reagiu � anula��o das condena��es do petista, batendo forte na polariza��o pol�tica e defendendo a unifica��o do centro em torno de uma candidatura. A sua, � claro.
Restam Luciano Huck e Henrique Mandetta (DEM). O apresentador precisa decidir o que vai fazer da vida, porque est� em vias de fechar um novo contrato com a TV Globo para substituir o apresentador Fausto Silva nas tardes de domingo e precisaria da aud�cia de um pr�ncipe de Maquiavel para se lan�ar na pol�tica. Huck tem ambi��o, mas n�o tem um projeto nacional articulado organicamente, apoio de setores expressivos do empresariado, nem demonstra interesse em construir um partido pol�tico que possa ser uma alternativa de poder. O cavalo selado n�o vai passar desta vez. Como uma candidatura presidencial n�o se improvisa, o tempo para que se decida est� se reduzindo rapidamente.
Mandetta deixou o governo Bolsonaro com grande prest�gio popular, por causa de sua atua��o como ministro da Sa�de, mas n�o tem pleno respaldo de seu partido, o DEM, para entrar na corrida presidencial. Precisa andar muito pelo pa�s, o que a pandemia dificulta, e consolidar apoios internos para n�o ficar sem legenda em 2022. A outra op��o � deixar a sigla e procurar abrigo em outra em busca de um postulante competitivo. Sua candidatura depende muito mais da Fortuna do que da virt�, ou seja, de Moro e Huck desistam, Doria fique encurralado em S�o Paulo e o DEM desembarque da canoa governista.