
Pouco tempo ap�s o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), avalizar a cria��o da CPI, Amaral concedeu entrevista coletiva para se defender. Perguntado sobre os desdobramentos da investiga��o, ele garantiu estar disposto a colaborar.
“A CPI � um questionamento natural. Ela passa por avaliar o que est� acontecendo, tirar todas as d�vidas. Nesse contexto, entendo que faz parte de um mecanismo normal que temos que passar, caso a Assembleia ache (pertinente)”, disse.
O secret�rio de Sa�de afirmou que 806 pessoas, entre assessores, subsecret�rios e trabalhadores ligados ao transporte das vacinas, receberam a imuniza��o contra a COVID-19.
Embora tenha projetado dias dif�ceis no combate ao novo coronav�rus, Amaral assegurou que sua equipe vai dar as informa��es necess�rias ao trabalho dos deputados.
“A secretaria est� 100% engajada no acompanhamento e no atendimento da COVID e na operacionaliza��o. Entendo que � um momento delicado – esses pr�ximos 15 ou 20 dias –, haja vista que o pa�s todo est� passando por grande ocupa��o de leitos. Mas tenho certeza que minha equipe, como � muito qualificada, dar� conta disso”.
Secret�rio n�o pensou em pedir para sair
A imuniza��o em massa de funcion�rios da Sa�de estadual foi antecipada pelo portal R7. O Minist�rio P�blico de Minas Gerais, assim como a Assembleia, apura o caso.
A situa��o ganhou for�a nessa quarta (10), quando Carlos Eduardo Amaral foi sabatinado por parlamentares estaduais. A postura do secret�rio irritou os deputados, que passaram a articular a cria��o da CPI.
Nesta quinta, ele se reuniu com o governador Romeu Zema (Novo). Mantido no cargo, Amaral garante que n�o pensou em pedir demiss�o.
“Isso n�o foi cogitado em momento algum at� agora”, limitou-se a dizer.
Entenda como funcionam as CPIs
As CPIs s�o formadas para apurar den�ncias de irregularidades. Uma comiss�o do tipo t�m poderes de Justi�a e, portanto, pode convocar suspeitos a prestar depoimentos, ouvir testemunhas e outras pessoas ligadas ao caso em quest�o.
Ao fim dos trabalhos, o grupo de parlamentares constr�i um relat�rio com as conclus�es obtidas ao longo do processo de investiga��o.
Na Assembleia de Minas, as CPIs podem funcionar por 120 dias. Posteriormente, � poss�vel prorrogar os trabalhos por mais 60 dias.
Trinta e nove dos 77 integrantes do Parlamento Mineiro foram favor�veis � cria��o do grupo para tratar dos “fura-filas”.