Caminho at� os 278 mil mortos: h� um ano, Bolsonaro negava a pandemia

H� um ano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dava sinais mais consistentes do negacionismo em rela��o � pandemia de COVID-19. Em um cen�rio no qual 200 pessoas eram confirmadas positivas para o v�rus no Brasil, Bolsonaro participou de manifesta��es contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ent�o presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). Em frente ao Pal�cio do Planalto, centenas de manifestantes pediam a volta do AI-5, o decreto mais duro em vig�ncia na ditadura militar.

Foi em 15 de mar�o de 2020 que Bolsonaro se declarou contra o isolamento social. Abra�ando manifestantes sem m�scara, se “jogando”, andando a cavalo e usando as redes sociais para incentivar aglomera��es, o presidente demonstrou como seriam seus pr�ximos passos frente � pandemia. 

Um ano depois, segundo os dados do Minist�rio da Sa�de, at� esta segunda-feira (15/03), o Brasil registrou 11.483.370 de casos confirmados de COVID-19. Foram  278.229 mortes. 

Na sexta-feira (12/03), o Brasil voltou a ser o segundo pa�s do mundo com mais casos de COVID-19, de acordo com dados da universidade Johns Hopkins, superando a �ndia e ficando atr�s apenas dos Estados Unidos.

Em relato no livro “Um paciente chamado Brasil: os bastidores da luta contra o coronav�rus”, o ex-ministro da Sa�de Luiz Henrique Mandetta conta que foi convidado por um assessor de Bolsonaro a acompanh�-lo, mas recusou. “Respondi: ‘Se ele [Bolsonaro] decidiu, que arque com as consequ�ncias”, escreveu.

 

Estavam presentes com Bolsonaro, o ent�o ministro da Educa��o, Abraham Weintraub, e o presidente da Anvisa, Ant�nio Barra Torres. 

As manifesta��es de 15 de mar�o estavam previstas desde o fim de janeiro, mas ganharam novo impulso. Bolsonaro j� havia sinalizado seu negacionismo. Na �poca, a popula��o n�o tinha no��o do que a pandemia de COVID-19 iria se tornar.

Na manh� do dia 15, capitais brasileiras como Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Bras�lia (DF), Bel�m (PA), Macei� (AL), e cidades do interior registraram atos de apoio ao governo.