
A m�dica recusou o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por discord�ncias de pensamento sobre a condu��o da pandemia.
Bolsonaro � a favor de medicamentos que n�o t�m efic�cia comprovada para tratamento do novo coronav�rus. Eles s�o chamados por quem defende a tese de 'tratamento precoce'.
“Todos n�s sabemos, o mundo todo sabe, a ci�ncia j� demonstrou que o paciente tem que ser atendido precocemente. Ele tem que ser visto precocemente. Entretanto, algumas medica��es pregadas, como a cloroquina, ivermectina, azitromicina, o zinco e a Vitamina D… J� demonstraram n�o ser eficazes no tratamento da doen�a. N�o h� uma mudan�a de posi��o”, afirmou para a CNN Brasil.
Durante a entrevista, a m�dica chegou a confessar que, no in�cio da pandemia, prescreveu cloroquina para seus pacientes. Segundo ela, a a��o foi um ato de “desespero”.
Hajjar tamb�m falou a favor das medidas de isolamento social e lockdown.
“Acho que o Brasil, hoje, pra combater a pandemia… tem que procurar se pautar em evid�ncias cient�ficas, em salvar a vida das pessoas, em procurar atender melhor essas pessoas com diagn�stico precoce, com atendimento melhor dentro das redes hospitalares, com programa de vacina��o em massa. O lockdown, j� � demonstrado cientificamente… salva vidas”, pontuou.
Convite e amea�as
Ludhmila Hajjar se reuniu com Bolsonaro na tarde desse domingo (14/3), no Pal�cio da Alvorada. A conversa, no entanto, foi inconclusiva, por causa da postura favor�vel da m�dica ao isolamento social como forma de combater o avan�o do v�rus e contr�ria ao uso da cloroquina – posicionamentos constrastantes com o que defende o presidente desde o in�cio da pandemia.
Nesta segunda-feira (15/3), a m�dica recusou o convite de Bolsonaro. Em seguida, relatou amea�as sofridas durante o tempo que esteve em Bras�lia.
"Recebi ataques, tentativa de invas�o no hotel em que estava, amea�as de morte, fui agredida com �udios e v�deos falsos. Mas estou firme e forte aqui. Hoje volto para S�o Paulo para continuar a minha miss�o, que � ser m�dica. Estou � disposi��o do meu pa�s e vou continuar atendendo pessoas da direita e da esquerda", contou a m�dica, durante a entrevista � CNN Brasil.