
A troca ocorre cerca de uma semana ap�s Carlos Eduardo Amaral ser substitu�do por F�bio Baccheretti no posto de secret�rio. O novo chefe presidia a Funda��o Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Everton, que assume o comando da comunica��o, tamb�m dava expediente na Fhemig.
Virg�nia est� na lista de 828 servidores da Sa�de estadual que davam expediente na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, e foram imunizados.
A Assembleia Legislativa instaurou Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) para investigar, caso a caso, se os funcion�rios tinham direito � dose – a suspeita � que alguns deles n�o fa�am parte dos grupos priorit�rios para a vacina��o contra a COVID-19.
Procurada pelo Estado de Minas, a ex-assessora da Sa�de afirmou acreditar que a demiss�o � consequ�ncia da chegada de um novo secret�rio.
Ela garante ter como provar ter direito � vacina, por participar de opera��es da “linha de frente” da pasta, como viagens e visitas a hospitais.
“Entendi a exonera��o como um processo de transi��o. Existem outras pessoas, que n�o estavam t�o na linha de frente quanto eu. Se fosse para ser exonerado porque tomou vacina, poderiam pegar outros cargos e fun��es. Eu, sim, estava na linha de frente – e sou uma das que tenho como comprovar”, diz.
Virg�nia comp�s a delega��o que esteve em Coromandel, no Alto Parana�ba, em fevereiro, quando a cidade enfrentou colapso no sistema de sa�de.
“Quem viajava e estava na linha de frente era eu. Minha equipe tamb�m viajava, mas nas pautas mais “cabeludas” era eu que estava l�”, sustenta.
Segundo a lista enviada pelo Executivo aos deputados estaduais, 18 assessores de comunica��o comp�em o grupo de 828 servidores vacinados.
O Legislativo j� iniciou as atividades da CPI, que deve convocar pessoas envolvidas no caso para depor.
A reportagem procurou a Secretaria de Sa�de para saber se a troca no comando da assessoria de imprensa est� ligada ao casos dos “fura-filas” ou se ocorreu por conta, somente, da mudan�a no comando da pasta. Se houver retorno, este texto ser� atualizado.
Exonerada se defende
Ainda segundo a ex-servidora, nem toda a equipe de comunica��o da pasta de Carlos Amaral foi vacinada. Servidores em teletrabalho, por exemplo, n�o receberam as doses.
Ela garante que o processo seguiu as regras impostas pelas autoridades competentes, como o setor de Vigil�ncia em Sa�de.
“A vacina��o ocorreu de maneira documentada e foi pactuada pela Comiss�o Intergestores Bipartite (CIB). Eu, como todos os servidores vacinados, n�o fui bater na porta e pedir para ser vacinado”, pontua, em men��o ao comit� que tem representantes da Secretaria Estadual de Sa�de e de secretarias municipais de Sa�de.
“Para a gente, foi uma grande surpresa. N�o est�vamos fazendo nada ilegal”, assevera Virg�nia.
Carlos Eduardo Amaral deu declara��o similar na semana passada, horas antes de ser demitido por Zema. Ele assegurou n�o enxergar “il�cito ou imoralidade” no processo.
A profissional diz que a vacina��o ajudou a equipe de comunica��o no processo de escolha dos profissionais que precisariam fazer trabalhos de campo em locais associados � “linha de frente” da doen�a.
“Sofri amea�a de servidor falando que, se pegasse COVID-19 no trabalho, iria me processar”, conta Virg�nia.
Outras listas em an�lise
Al�m do documento com os 828 nomes de servidores que d�o expediente na capital mineira, a “CPI dos fura-filas” se debru�a sobre lista com 1.852 assessores da Sa�de que trabalham no interior. Esse grupo tamb�m recebeu a vacina.
Entre os vacinados no interior, constam pessoas que, segundo a secretaria, estavam em home office.
Al�m dos imunizados no governo, os parlamentares receberam material indicando os 55 servidores da Assembleia vacinados. H�, entre outros, m�dicos, dentistas, psic�logos e recepcionistas do ambulat�rio da Casa.
Todos os casos – independentemente da entidade de origem – ser�o analisados pela comiss�o de inqu�rito.