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Estado de Minas POL�TICA

Alian�as locais moldam cen�rio para 2022; futuro de Kalil pode influenciar

PSD, PSB e DEM cogitam disputar presid�ncia da Rep�blica; candidaturas estaduais devem mexer no tabuleiro


21/03/2021 07:43 - atualizado 21/03/2021 10:32

Prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil pode influenciar eleição do próximo ano(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil pode influenciar elei��o do pr�ximo ano (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Enquanto presidenci�veis falam em formar alian�as amplas para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na elei��o de 2022, l�deres pol�ticos fazem contas pragm�ticas sobre os interesses partid�rios regionais, que ser�o determinantes no plano nacional. Agremia��es assediadas do centro � esquerda por quem busca apoio na disputa ao Pal�cio do Planalto t�m projetos estaduais priorit�rios. Os casos mais emblem�ticos s�o o PSB, o DEM e o PSD.

O PSB avalia lan�ar um "outsider" � Presid�ncia enquanto mant�m conversas com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que teve seus direitos pol�ticos restabelecidos. A decis�o final, entretanto, vai passar por um acordo em Pernambuco, hoje a principal base da legenda, que governa o Estado e a prefeitura do Recife.

O PSD tamb�m avaliar lan�ar nome pr�prio ao Planalto. Apesar disso, nos bastidores, os rumos do partido s�o condicionados ao futuro de Alexandre Kalil. Uma eventual candidatura do prefeito de Belo Horizonte ao governo mineiro pode proporcionar alian�as locais e, por consequ�ncia, modificar a cena nacional.

 

Na semana passada, o jornalista Roberto Fonseca, do Correio Braziliense, afirmou que Lula cogita convidar o prefeito belo-horizontino para ser vice em hipot�tica chapa. A equipe do ex-presidente, contudo, alegou que ele ainda n�o � candidato.(Leia mais sobre Kalil ainda nesta mat�ria)


O soci�logo Juliano Domingues, professor de Ci�ncia Pol�tica da Universidade Cat�lica de Pernambuco, prev� que o ex-prefeito do Recife Geraldo J�lio (PSB) ser� o candidato natural ao governo na sucess�o de Paulo C�mara (PSB), seja alinhado com o PDT ou com o PT. "O fator decisivo ser� a vari�vel ‘Lula eleg�vel’", disse o professor. "N�o por acaso, surgiram not�cias de uma poss�vel reaproxima��o entre PSB e PT logo ap�s a decis�o de Fachin sobre os processos de Lula", acrescentou, referindo-se ao ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, que anulou as condena��es do petista na Lava Jato e o reabilitou a disputar elei��es.

"Caso se confirme essa reaproxima��o, ela representaria uma potencial ‘trai��o’ ao projeto de Ciro e enfraqueceria uma lideran�a emergente do PT, a deputada Mar�lia Arraes (PE), que se desfiliou do PSB justamente por discordar do comando do partido, ainda na �poca de Eduardo Campos."

Atualmente, o PSB est� alinhado com o PDT em 13 Estados, segundo o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. "As alian�as regionais criam o ambiente", disse o dirigente. "Se voc� est� junto com outro partido em dez estados, a (dire��o) nacional precisa observar essa realidade. Caso contr�rio, existiria, na pr�tica, uma alian�a nacional e outra regional, o que cria dificuldade."

J� o presidente do PSB, Carlos Siqueira, avaliou que todo problema nacional tem um p� no local. "� natural que as coisas se influenciem, mas o PSB vai apoiar aquele que se apresentar como a pessoa mais capaz de agregar for�as pol�ticas para vencer Bolsonaro e fazer um governo de uni�o nacional. N�o descartamos apoiar ningu�m."

Minas Gerais


No caso do PSD, o discurso do presidente da sigla, Gilberto Kassab, � o de que o partido ter� candidato � Presid�ncia em 2022. Foi o que ele reafirmou ao Estad�o. Nos bastidores, por�m, a avalia��o � de que as costuras em torno da candidatura ao governo mineiro dE Alexandre Kalil (PSD), v�o influenciar um eventual acordo nacional. Como o PSD tem voca��o governista nos estados, Kassab ter� de ouvir os caciques regionais antes de tomar uma decis�o.

A l�gica local prevalece nos partidos do Centr�o. Um deputado do PL ouvido pela reportagem disse que a palavra final � sempre de Valdemar Costa Neto, que comanda a sigla. O dirigente vai consultar todos os Estados e avaliar qual estrat�gia tem maior potencial de ampliar a bancada. Ainda de acordo com esse mesmo deputado, "de S�o Paulo ‘para baixo’, o PL � Bolsonaro; ‘para cima’, � Lula".

No Rio, a constru��o de uma alian�a em torno do deputado Marcelo Freixo para disputar o governo fluminense ter� peso nas negocia��es entre PSOL e PT para apoiar Lula em 2022. Petistas admitem apoiar o deputado. Em outra frente, o deputado Rodrigo Maia (DEM) deve se filiar ao MDB e assumir o controle da sigla no Estado. Se isso se confirmar, Maia ganhar� uma cadeira ao lado de Renan Calheiros, Jader Barbalho, Jos� Sarney e Baleia Rossi no colegiado de l�deres que comanda o MDB de fato.

Bahia


O DEM mantinha rela��o estreita com o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), mas se afastou do tucano ap�s a bancada do partido na C�mara se aproximar de Bolsonaro. A legenda tamb�m conversa com o PDT, mas o fator decisivo ser� o tabuleiro eleitoral na Bahia. Presidente do DEM, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto planeja disputar o governo, e seu prov�vel advers�rio ser� o senador Jaques Wagner (PT).

"A troca de apoio m�tuo entre um Estado e outro aparece no plano horizontal, mas n�o necessariamente em fun��o vertical. Ou seja: alian�a nacional determinando a alian�a estadual. Se d� um cruzamento. A l�gica � n�o perder para o atraso. As alian�as s�o para n�o perder os Estados para a concep��o do atraso", disse o governador da Bahia, Rui Costa (PT).

A avalia��o de deputados e quadros do DEM � de que Neto n�o tem outra op��o a n�o ser posicionar-se no polo oposto ao de Lula em uma eventual polariza��o. Costa, por sua vez, governa com uma ampla alian�a que vai do PP ao PSB, passando por Podemos, PSD e PL.

 


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