
Ap�s pedir demiss�o do Minist�rio das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo publicou uma carta endere�ada a Jair Bolsonaro (sem partido) na noite desta segunda (29/3). Ele tratou o presidente de “querido chefe” e se disse v�tima de uma “narrativa falsa e hip�crita”.
O ex-chanceler negou que a diplomacia comandada por ele atrapalhou a compra de vacinas e insumos pelo Brasil durante a pandemia, ainda que o governo tenha entrado em conflito com a China em diversas oportunidades.
Apresentei hoje ao Presidente Jair Bolsonaro esta carta em que coloquei � sua disposi��o o cargo de Ministro das Rela��es Exteriores: pic.twitter.com/laHBOmUhIt
— Ernesto Ara�jo (@ernestofaraujo) March 29, 2021
"Ergueu-se contra mim uma narrativa falsa e hip�crita a servi�o de interesses escusos nacionais e estrangeiros, segundo a qual minha atua��o prejudicaria a obten��o de vacinas", escreveu Ernesto Ara�jo no texto publicado em suas redes sociais.
O ex-chefe do Itamaraty tamb�m alegou que “correntes que querem de volta o poder” visam a escraviza��o do ser humano e levaram o Brasil a d�cadas de “atraso, corrup��o e desgra�a”.
Ernesto Ara�jo tamb�m chamou o governo Bolsonaro de “transforma��o nacional” e afirmou que vai se dedicar ao povo brasileiro “at� o fim” dos seus dias.
Ernesto Ara�jo sofria h� v�rias semanas press�es do Congresso Nacional diante da in�rcia do Brasil para comprar imunizantes contra a COVID-19.
O estopim do desentendimento entre as partes aconteceu nesse domingo (28/3), quando Ernesto acusou a senadora K�tia Abreu (Pros-TO) de pressionar a favor da China no leil�o da tecnologia 5G, que deve acontecer neste ano.
Katia Abreu preside a Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado. A tentativa de desqualifica-la foi percebida pelos senadores como um ataque de Ara�jo ao Congresso, o que deixou sua perman�ncia no Itamaraty insustent�vel.