
Ele disse acreditar que a decis�o foi tomada para “aprimoramento” do governo. Fernando Azevedo e Silva foi um dos seis ministros trocados nessa segunda (29/3).
Para o lugar dele, na pasta de Defesa, foi nomeado Walter Braga Netto, que estava na Casa Civil. A substitui��o de Azevedo culminou na troca dos comandos das tr�s �reas das For�as Armadas, j� nesta ter�a. O almirante Ilques Barbosa saiu da Marinha, enquanto o general Edson Pujol colocou a chefia do Ex�rcito � disposi��o. Tamb�m general, Moretti Bermudes deixou a lideran�a da Aeron�utica.
Apesar das mudan�as, Rodrigo Pacheco encara as trocas com naturalidade. “Isso (as exonera��es nas For�as Armadas) precisa ser tratado dentro de um universo pr�prio, que � o Minist�rio da Defesa, sem nenhum tipo de especula��o que n�o seja o de uma troca de comando”, afirmou, em entrevista coletiva.
O presidente do Congresso Nacional tem garantido, reiteradamente, que as institui��es democr�ticas brasileiras n�o correm risco de ruptura. Nesta ter�a, ele voltou a dar recado semelhante.
“As For�as Armadas t�m um compromisso constitucional de n�o promover a guerra, mas de preservar e garantir a paz. Esse � o compromisso das nossas For�as Armadas: defesa da Constitui��o e defesa do Estado Democr�tico de Direito. Temos plena e absoluta confian�a nisso, no amadurecimento civilizat�rio do Brasil, de preserva��o absoluta do Estado Democr�tico de Direito, da qual fazem parte as For�as Armadas”, sustentou.
Ao deixar o Minist�rio da Defesa, Fernando Azevedo e Silva declarou ter preservado as For�as Armadas como “institui��o de estado”. Em que pese especula��es atribuindo a sa�da dele � resist�ncia �s tentativas de Bolsonaro de alinhar as institui��es militares ao governo, Pacheco refutou a tese.
“N�o consigo antever o que � a inten��o exata do presidente da Rep�blica. Minha inten��o, como presidente do Senado, � acreditar e confiar que se trata de uma troca ministerial dentro dos limites da prerrogativa do presidente da Rep�blica de fazer substitui��es. O Minist�rio da Defesa, assim como os minist�rios da Infraestrutura, do Meio Ambiente, da Economia ou de Minas e Energia, tem uma prerrogativa do presidente de escolher os nomes que l� estar�o. N�o me permito fazer nenhum tipo de especula��o sobre uma motiva��o que n�o seja um aprimoramento do governo, da busca se ter melhor rela��o e maior produtividade. Essa � nossa cren�a e confian�a”.
‘Dan�a das cadeiras’ � minimizada
Al�m da troca na Defesa e a consequente mudan�a na Casa Civil, o presidente da Rep�blica tamb�m mexeu no Itamaraty, na Secretaria de Governo, na Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) e no Minist�rio da Justi�a. As mexidas, para Rodrigo Pacheco, s�o expediente comum no poder Executivo.
“As reformas ministeriais s�o comuns nos governos. N�o podemos tratar como algo excepcional”, defendeu.
Para a vaga de Walter Braga Netto na Casa Civil, foi Luiz Eduardo Ramos, que estava na Secretaria de Governo. O posto, respons�vel por encabe�ar as articula��es junto ao Congresso, ficou com a deputada federal Fl�via Arruda (PL-DF).
Andr� Mendon�a, que estava na Justi�a, deixou o posto para retornar � AGU, de onde Jos� Levi pediu demiss�o nesta segunda. Para o minist�rio, foi escolhido o delegado Anderson Torres, secret�rio de Seguran�a do Distrito Federal.
O ex-chanceler Ernesto Ara�jo, por seu turno, ter� Carlos Alberto Fran�a, respons�vel pelo cerimonial do presidente, como sucessor.