
O ministro das Comunica��es, F�bio Faria, far� nova troca na Secretaria Especial de Comunica��o Social (Secom). Nomeado interinamente para a chefia da Secom, h� 35 dias, o almirante Fl�vio Rocha ser� substitu�do. O nome mais cotado para assumir a vaga � o do coronel da PM Andr� Costa, que j� trabalhou tanto com Jorge Oliveira, atual ministro do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), como com o presidente Jair Bolsonaro.
Em dois anos e tr�s meses de governo, o novo ministro ser� o quarto indicado para a Secom. F�bio Wajngarten, antecessor do almirante Rocha, caiu ap�s v�rios confrontos com Faria e at� mesmo com a imprensa. Pr�ximo de Bolsonaro, Rocha acumula a Secom com a Secretaria de Assuntos Estrat�gicos (SAE), al�m de ajudar o presidente na assessoria internacional. Nestes dois �ltimos casos, ele responde diretamente a Bolsonaro.
Na Secom, por�m, o almirante � subordinado ao ministro das Comunica��es, que foi respons�vel por sua indica��o. A secretaria � respons�vel pela libera��o de verbas e gerenciamento de contratos publicit�rios firmados pelo governo. Favorito para comandar a Secom, o coronel Andr� Costa j� coordenou a comunica��o da Secretaria-Geral da Presid�ncia � �poca em que Jorge Oliveira era o titular da pasta e tamb�m foi assessor especial de Bolsonaro.
Apesar de interino, Rocha contava com a perman�ncia no cargo. No m�s passado, por exemplo, ele chegou a se reunir com assessores de imprensa de todos os minist�rios, no Pal�cio do Planalto, para avisar que passaria a ter "encontros tem�ticos" peri�dicos com a equipe, a fim de alinhar o discurso, como mostrou a Supercoluna.
O almirante, no entanto, provocou ci�mes na equipe por acumular cargos cobi�ados. Ao ter de escolher uma das secretarias especiais, ele preferiu ficar � frente da SAE. O governo chegou a avaliar a possibilidade de colocar o general Eduardo Pazuello na SAE como pr�mio de consola��o, ap�s sua demiss�o do Minist�rio da Sa�de.
Mas o ent�o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, n�o liberou a cess�o e determinou que ele voltasse para os trabalhos no Ex�rcito, o que contrariou Bolsonaro. Este teria sido um dos motivos que resultaram na demiss�o de Azevedo do governo.
