“Tenho dado total autonomia � Controladoria-Geral do Estado como nunca foi dada. Muitas vezes, essa institui��o trabalhou meio que amorda�ada, meio que amarrada, e isso acaba criando situa��es em que as pessoas que n�o procedem corretamente acabam ganhando mais espa�o”, afirmou Zema, durante lan�amento de plano de integridade dos vereadores do Novo em Belo Horizonte.
O ato mais recente da CGE foi no �ltimo s�bado (24/04), relacionado justamente �s investiga��es contra poss�veis “fura-filas” no governo de Minas, que come�aram em mar�o deste ano. Segundo o �rg�o, h� “ind�cios de irregularidades” no caso ap�s an�lises preliminares.
“As investiga��es preliminares apontam que h� ind�cios de irregularidades, como a inobserv�ncia de normas e da ordem de prioriza��o dos grupos para vacina��o, do valimento indevido do cargo p�blico e da aplica��o indevida de verbas p�blicas para os imunizantes da Covid-19, que justificam a instaura��o de processos administrativos disciplinares (PAD) contra tr�s servidores da Ses”, diz trecho de comunicado da CGE, que tamb�m informou que a apura��o segue.
A princ�pio, foram vacinados 500 funcion�rios que atuam na Cidade Administrativa, sede do governo de Minas. Alguns deles, contudo, estavam em regime de teletrabalho, o que levantou suspeitas sobre a prioridade dessa imuniza��o.
Depois, uma lista com 806 nomes de pessoas vacinadas foi entregue pelo Executivo � Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O deputado estadual Agostinho Patrus (PV), presidente da Casa, n�o reconheceu a legitimidade do documento e pediu nova rela��o, que conta com 828 nomes ap�s a retifica��o. Posteriormente, uma nova lista com nomes de mais 1.852 servidores da Secretaria de Estado de Sa�de (SES) vacinados contra a COVID-19 foi entregue pelo governo � ALMG.
Com o esc�ndalo anunciado, Zema oficializou, em 13 de mar�o, uma troca na SES. Carlos Eduardo Amaral foi exonerado e deu lugar a F�bio Baccheretti, que segue no posto at� hoje. Outras demiss�es tamb�m aconteceram por causa dessa quest�o, algumas at� j� depois da posse de Baccheretti.
As mais recentes ocorreram na �ltima sexta-feira (23/04). Jo�o M�rcio Silva de Pinho, chefe de gabinete desde a gest�o de Amaral, e Everton Luiz de Souza, chefe da assessoria de Comunica��o nomeado por Baccheretti, foram exonerados ap�s ind�cios de interfer�ncia nas investiga��es.
�udios mostram que eles negociavam colocar alguns servidores em home office no trabalho presencial, como modo de justificar a imuniza��o. A ALMG investiga o caso por meio de uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI).