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Estado de Minas BANCADA EVANG�LICA

Estudo mostra que bancada evang�lica seria menor se igreja pagasse imposto

Pesquisa foi feita por economistas da USP e do Insper


01/05/2021 13:59 - atualizado 01/05/2021 17:10

(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag�ncia Brasil)
O n�mero de igrejas abertas no Pa�s seria menor e a bancada evang�lica no Congresso Nacional n�o teria chegado ao tamanho que tem hoje caso n�o houvesse isen��o de impostos para o setor religioso. � o que aponta uma pesquisa proposta por dois economistas, da USP e do Insper, divulgada na semana passada. O benef�cio tribut�rio ao setor religioso foi garantido pela Constitui��o de 1988.

A pesquisa "A Economia Pol�tica do Pentecostalismo: Uma An�lise Estrutural Din�mica", dos professores Raphael Corbi, da USP, e F�bio Sanches, do Insper, faz uma an�lise sobre efeitos pr�ticos da pol�tica de incentivos fiscais vigente. "Elei��o a elei��o, a gente v� um aumento da bancada evang�lica. Esse aumento tem a ver, sim, com a expans�o geogr�fica dos templos, que por sua vez est� ligada aos incentivos fiscais", disse Corbi.

A ideia foi medir a expans�o das igrejas no Pa�s desde a aprova��o da Constitui��o e projetar como esse movimento teria se dado caso elas pagassem impostos. Para isso, utilizaram modelos matem�ticos j� existentes, usados para indicar o peso das al�quotas de impostos variadas para o crescimento de outros setores.

O estudo se baseou em dados fornecidos pelas igrejas � Receita Federal. Com uma al�quota de 34%, a taxa m�dia cobrada das demais atividades, o total de igrejas no Pa�s, hoje de 216,3 mil, poderia ser at� 74% menor.

A segunda parte do estudo avaliou o impacto pol�tico dessa eventual redu��o. Os pesquisadores cruzaram os mesmos dados da Receita com informa��es do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a elei��o de candidatos da Frente Parlamentar Evang�lica. E mediram a varia��o de votos que os candidatos da bancada tiveram em momentos anteriores ou posteriores � abertura de uma igreja em determinada regi�o. Dessa forma, observaram que, ap�s uma igreja ser aberta, candidatos desse grupo t�m a participa��o nos votos subir de 2% a 3%.

O fen�meno vale para as igrejas evang�licas, mas n�o para as cat�licas. A abertura de uma igreja romana n�o influencia os resultados eleitorais, de acordo com a pesquisa. "Fi�is de igrejas pentecostais tendem a ser mais participativos" e comparecem mais aos locais de reuni�o, disse F�bio Sanches, do Insper.

Raphael Corbi, da USP, disse que a pesquisa "n�o tem julgamento de valor". "� um artigo agn�stico no sentido de questionar se ser� que devemos ou n�o subsidiar igrejas. N�o � um ataque �s pentecostais. O subs�dio ajuda a explicar essa ascens�o mete�rica dessas igrejas? Sim. Essa ascens�o est� associada � expans�o desse grupo pol�tico? Sim. E a gente trouxe n�meros para quantificar isso."

Contrapartida


O coordenador da Frente Parlamentar Evang�lica na C�mara, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), disse que as igrejas prestam uma s�rie de servi�os sociais �s comunidades onde est�o instaladas. "Elas fazem o que o Estado n�o faz." Por isso, na avalia��o dele, a isen��o fiscal garantida pela Constitui��o � revertida em servi�os.

Para o deputado, o crescimento da bancada � decorrente do aumento da popula��o evang�lica no Pa�s. Mas, na avalia��o dele, o aumento desse porcentual n�o est� ligado ao crescimento da abertura de novos templos.

Madureira afirmou que as proje��es s�o de crescimento ainda maior da popula��o evang�lica no Pa�s na pr�xima d�cada. Desse modo, afirmou, "a bancada evang�lica vai crescer ainda mais".


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