Luisa n�o sabe quando o estado ir� regularizar os pagamentos do funcionalismo, mas garante que a pauta � prioridade dos quadros da Secretaria de Planejamento. “Em boa medida, conseguir a regulariza��o de sal�rios � indicativo de melhoria da situa��o fiscal do estado”, projeta Luisa, em entrevista ao Estado de Minas.
Uma das ideias defendidas por Zema � a venda da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig). “A Cemig j� se desfaz de algumas participa��es de outras empresas, e tudo isso torna a empresa um pouco menor, o que facilita a gest�o e a torna mais pr�xima do que o governo acredita”, diz a secret�ria.
Quando perguntada sobre a possibilidade de desestatizar a companhia at� o fim da gest�o, ela evita cravar prazos. “N�o sei se conseguiremos (chegar), at� o final da gest�o, ao ponto de privatiza��o da Cemig. Mas t�m sido feitas v�rias a��es no sentido que o governo pretende.”
At� junho do ano passado, ela era secret�ria-adjunta de Otto Levy, que deixou a pasta neste m�s para se dedicar a projetos pessoais. Luisa saiu para se candidatar � Prefeitura de Belo Horizonte pelo PSDB. Terminou a disputa na s�tima coloca��o e, depois, assumiu a presid�ncia da Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural do Estado de Minas Gerais (Emater).
De volta � Seplag, da qual � servidora de carreira, Luisa cita avan�os como a previsibilidade em rela��o �s parcelas dos vencimentos. “S�o melhorias grandes, importantes, mas ainda temos consci�ncia de que h� um longo caminho pela frente para dar ao servidor o que ele merece.”
O Pal�cio Tiradentes at� conseguiu, em 2019, autoriza��o dos deputados estaduais para antecipar os receb�veis pela explora��o do ni�bio, mas n�o concretizou a opera��o no mercado financeiro. Agora, para dar forma aos planos de venda total, outro aval da Assembleia � necess�rio.
Se Otto Levy enfrentou diversos desgastes na rela��o com os deputados, o trunfo de Luisa � ter sido assessora do bloco parlamentar que fez oposi��o ao governo petista. “A Assembleia tem um papel que a gente respeita muito, de contribuir, tentar levar li��es diferentes, complementares e aprimorar os projetos.”
O pagamento do funcionalismo � um drama para a atual gest�o, que herdou o Estado em situa��o delicada financeiramente. Acredita em mudan�as na din�mica de pagamento nos pr�ximos meses? A regulariza��o est� pr�xima?
Essa � uma prioridade enorme para a gente. Diria que, talvez, a principal prioridade da Seplag neste momento � fazer a regulariza��o de sal�rios, at� porque, em boa medida, conseguir regulariza��o de sal�rios � indicativo de melhoria da situa��o fiscal do Estado.
N�o consigo, hoje, fazer uma promessa sobre em quantos meses a gente consegue isso, se conseguiremos ainda ao final da gest�o, mas vamos buscar isso incessantemente. Buscamos isso trabalhando com redu��o de despesas — fizemos uma s�rie de a��es nesse sentido, tanto em melhorias nas compras p�blicas e da m�quina administrativa, com a reforma de 2019. E, tamb�m, a��es para buscar novas fontes de receita, que permitam melhorar o cen�rio fiscal do estado.
A gente sabe que a situa��o n�o � boa para os servidores. Eles gostariam, e com todo o direito, de receber em dia, parcela �nica at� o quinto dia �til, e � isso que temos buscado. Embora a gente n�o esteja neste momento, � important�ssimo ressaltar que muitas melhorias j� foram feitas.
Os avan�os s�o significativos. A gente tem uma previsibilidade muito maior em rela��o aos pagamentos, ent�o o estado consegue, hoje, fazer o pagamento em duas parcelas. As datas anunciadas s�o sempre, integralmente, cumpridas. Quando chegamos, em 2019, o 13º sal�rio dos servidores n�o tinha sido pago em nem um real.
Foi quitado todo 13º sal�rio de 2018 ao longo de 2019, e a gente percebe que agora, em 2021, conseguimos quitar o 13º sal�rio referente a 2020 em quatro meses, sendo que 67% das pessoas tiveram quita��o do 13º integralmente ainda em 2020. � um avan�o enorme.
Ressalto ainda outras a��es feitas em prol de servidores, como melhorias no Ipsemg. O estado tinha uma d�vida enorme com o Ipsemg, que foi quitada. S�o melhorias grandes, importantes, mas ainda temos consci�ncia de que h� um longo caminho pela frente para dar ao servidor o que ele merece.
H� alguma receita extraordin�ria prevista para este ano? Como o governo recebeu o pacote Recome�a Minas?
N�o consigo, hoje, fazer uma promessa sobre em quantos meses a gente consegue isso, se conseguiremos ainda ao final da gest�o, mas vamos buscar isso incessantemente. Buscamos isso trabalhando com redu��o de despesas — fizemos uma s�rie de a��es nesse sentido, tanto em melhorias nas compras p�blicas e da m�quina administrativa, com a reforma de 2019. E, tamb�m, a��es para buscar novas fontes de receita, que permitam melhorar o cen�rio fiscal do estado.
A gente sabe que a situa��o n�o � boa para os servidores. Eles gostariam, e com todo o direito, de receber em dia, parcela �nica at� o quinto dia �til, e � isso que temos buscado. Embora a gente n�o esteja neste momento, � important�ssimo ressaltar que muitas melhorias j� foram feitas.
Os avan�os s�o significativos. A gente tem uma previsibilidade muito maior em rela��o aos pagamentos, ent�o o estado consegue, hoje, fazer o pagamento em duas parcelas. As datas anunciadas s�o sempre, integralmente, cumpridas. Quando chegamos, em 2019, o 13º sal�rio dos servidores n�o tinha sido pago em nem um real.
Foi quitado todo 13º sal�rio de 2018 ao longo de 2019, e a gente percebe que agora, em 2021, conseguimos quitar o 13º sal�rio referente a 2020 em quatro meses, sendo que 67% das pessoas tiveram quita��o do 13º integralmente ainda em 2020. � um avan�o enorme.
Ressalto ainda outras a��es feitas em prol de servidores, como melhorias no Ipsemg. O estado tinha uma d�vida enorme com o Ipsemg, que foi quitada. S�o melhorias grandes, importantes, mas ainda temos consci�ncia de que h� um longo caminho pela frente para dar ao servidor o que ele merece.
H� alguma receita extraordin�ria prevista para este ano? Como o governo recebeu o pacote Recome�a Minas?
O Recome�a Minas, projeto important�ssimo votado na semana passada pela Assembleia, vai trazer, sim, perspectiva de receitas. Temos trabalhado com v�rias iniciativas, � claro. Temos a possibilidade de venda da Codemig, que pode gerar receitas novas tamb�m para o estado. O estado tem buscado solu��es e vamos, dia ap�s dia, percebendo onde h� possibilidades e espa�os para captar recursos — e vamos atr�s delas.
� �poca da elei��o de 2018, uma das principais bandeiras do governador Romeu Zema dizia respeito � privatiza��o. Apesar disso, ele e seu antecessor na Seplag, Otto Levy, n�o conseguiram emplacar iniciativas do tipo. O que fazer para reverter esse cen�rio?
A privatiza��o � uma pauta deste governo, que foi defendida pelo governador Romeu Zema desde sua campanha, e o Estado tem trabalhado em formatar, planejar e tentar encontrar bons modelos de privatiza��o e de desestatiza��o. Esses modelos t�m que ser muito robustos e bem feitos, para que atinjam os prop�sitos pretendidos.
� feito um trabalho interno primeiro, de avalia��o desses modelos, e depois passamos � fase de discuss�o com a Assembleia, que � importante, fundamental. A Assembleia tem realmente um papel que a gente respeita muito, de contribuir, tentar levar li��es diferentes, complementares e aprimorar os projetos.
Para alguns, como no caso da Codemig, a gente j� est� em discuss�o legislativa, respeitando sempre os tempos da Assembleia, as demandas que surgem e os momentos que o estado vive. Outros t�m sido estudados no �mbito de governo e v�o ser apresentados em momento oportuno.
� feito um trabalho interno primeiro, de avalia��o desses modelos, e depois passamos � fase de discuss�o com a Assembleia, que � importante, fundamental. A Assembleia tem realmente um papel que a gente respeita muito, de contribuir, tentar levar li��es diferentes, complementares e aprimorar os projetos.
Para alguns, como no caso da Codemig, a gente j� est� em discuss�o legislativa, respeitando sempre os tempos da Assembleia, as demandas que surgem e os momentos que o estado vive. Outros t�m sido estudados no �mbito de governo e v�o ser apresentados em momento oportuno.
Zema declarou, a acionistas da Cemig, ter o desejo de transformar a empresa em uma corpora��o privada. � poss�vel concretizar esse plano at� o fim do mandato, em 2022?
Na verdade, tem sido feita uma gest�o em torno da desestatiza��o da Cemig, que n�o � apenas privatiza��o. A Cemig j� se desfaz de algumas participa��es de outras empresas, e tudo isso torna a empresa um pouco menor, o que facilita a gest�o, torna mais pr�xima do que o governo acredita, ent�o, n�o sei se conseguiremos (chegar), at� o final da gest�o, no ponto de privatiza��o da Cemig. Mas t�m sido feitas v�rias a��es no sentido que o governo pretende.
O projeto que o governo apresenta (protocolado no Legislativo em 2019) � de uma permiss�o, por parte da Assembleia, para desestatiza��o, uma privatiza��o completa da companhia. O governo j� tem uma autoriza��o, que vem da gest�o anterior, para que seja feita venda parcial da empresa. A gente compreende que o modelo de venda total da empresa seria o ideal neste momento, ent�o aguardamos a aprecia��o desse projeto. O estado, hoje, no caso da Codemig, se concentra na estrat�gia de venda completa da empresa.
Otto Levy enfrentou dificuldades na rela��o com a Assembleia — e, inclusive, foi chamado de ‘secret�rio fake news’ pelo presidente do Legislativo. A senhora j� exerceu cargo de comiss�o no Parlamento. Como pretende tocar a rela��o com os deputados?
Respeito enormemente o papel da Assembleia, de expandir algumas discuss�es que a gente come�a internamente no estado, por meio de audi�ncias p�blicas, escutas ampliadas, e contribui��o dos parlamentares em torno de projetos que s�o apresentados pelo governo — e tamb�m proposi��es pr�prias para tentar auxiliar o governo momentos de crise, como esse que a gente vive.
Tanto em termos de crise fiscal, como o estado j� vem vivendo h� um tempo, quanto de uma crise sanit�ria que a gente vive agora, desde 2020. Tive a oportunidade de trabalhar por quatro anos na Assembleia, com um grupo de pouco mais de 20 deputados, e aprendi muito. Consegui compreender um pouco mais sobre o funcionamento da Assembleia e o papel dos deputados.
Essa experi�ncia me fez respeitar ainda mais o Parlamento mineiro. Ent�o, tenho para mim uma rela��o de muito respeito com a Assembleia, de muito di�logo, que j� construo h� muito tempo por conta dessa minha viv�ncia. Pretendo continuar com essa vis�o e esse relacionamento sempre construtivo.
Tanto em termos de crise fiscal, como o estado j� vem vivendo h� um tempo, quanto de uma crise sanit�ria que a gente vive agora, desde 2020. Tive a oportunidade de trabalhar por quatro anos na Assembleia, com um grupo de pouco mais de 20 deputados, e aprendi muito. Consegui compreender um pouco mais sobre o funcionamento da Assembleia e o papel dos deputados.
Essa experi�ncia me fez respeitar ainda mais o Parlamento mineiro. Ent�o, tenho para mim uma rela��o de muito respeito com a Assembleia, de muito di�logo, que j� construo h� muito tempo por conta dessa minha viv�ncia. Pretendo continuar com essa vis�o e esse relacionamento sempre construtivo.
Em 2020, a senhora disputou uma elei��o pela primeira vez. Quais as li��es tiradas? Pretende tentar nova empreitada nas urnas?
N�o tenho essa decis�o formada. Tenho a certeza de que, no momento, estou na Secretaria de Planejamento. Pretendo permanecer. N�o tenho, neste momento, aspira��es pol�ticas j� definidas. (O pleito de 2020) foi minha primeira experi�ncia eleitoral, muito boa, um aprendizado enorme. Gosto de pol�tica, acho que pol�tica � um caminho para constru��o, de di�logo, � important�ssimo.
Ent�o, pretendo sempre continuar atuando politicamente no sentido de dialogar e promover debates importantes. Isso, com certeza, continuarei a fazer, porque entendo que esse caminho da constru��o conjunta, do debate, ser� fundamental para que a gente consiga avan�ar nas pautas que o estado precisa.
Ent�o, pretendo sempre continuar atuando politicamente no sentido de dialogar e promover debates importantes. Isso, com certeza, continuarei a fazer, porque entendo que esse caminho da constru��o conjunta, do debate, ser� fundamental para que a gente consiga avan�ar nas pautas que o estado precisa.
A senhora enfrentou Alexandre Kalil (PSD) nas elei��es de 2020, e ele pode ser um dos advers�rios de Zema em 2022. Alguma dica ao governador?
O governador foi eleito com uma vota��o expressiva em 2018, acho que ele sabe bem os caminhos das elei��es, das campanhas, n�o tem precisado muito de dicas minhas nesse sentido. Minha atua��o na Seplag � uma atua��o t�cnica e focada no que a Secretaria de Planejamento tem de papel dentro do governo. � algo muito amplo. (A Seplag) exerce uma s�rie de fun��es importantes e estou concentrada nisso.