Filipe da Fonseca Cezario, que viu for�as de seguran�as e parlamentares alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) baterem � porta de seu apartamento, ficou detido por algumas horas.
O requerimento solicitando explica��es foi encaminhado � Comiss�o de Direitos Humanos e precisa de aprova��o dos integrantes do grupo para ser remetido � PMMG.
A suspeita de deputados � que o Filipe tenha sofrido viola��es de Direitos Humanos. Os policiais alegaram que a deten��o ocorreu em flagrante.
Al�m de sete homens da lei, a comitiva que subiu ao apartamento do homem, de 32 anos, tinha o deputado estadual Bart� (Novo). Bruno Engler, do PRTB, postou v�deo nas redes sociais pedindo que respons�veis por atirar ovos nos manifestantes fossem identificados.
“� poss�vel que tenha ocorrido arbitrariedade e que o rapaz tenha sido preso ilegalmente. Inclusive, que a pol�cia tenha entrado sem mandado judicial, condi��o para entrar na casa de uma pessoa”, diz Cristiano Silveira (PT), que j� presidiu a Comiss�o de Direitos Humanos da ALMG e � um dos respons�veis pelo pedido de informa��es.
Filipe entrar� com processo por danos morais, cal�nia e difama��o. "Eu temo pela minha vida, a ditadura bateu na minha porta. Foi uma a��o pol�tica", desabafou.
Entenda o caso
O fato aconteceu quando a carreata pr�-Bolsonaro passava pela Avenida Afonso Pena, no Centro de BH. Centenas de apoiadores do presidente se reuniram no s�bado – muitos deles pediam interven��o militar em ato antidemocr�tico.
O protesto come�ou no meio da manh�, com marchas militares, ao som de ax�. Moradores de pr�dios da Avenida Afonso Pena, contr�rios ao movimento, bateram panela e jogaram ovos nos manifestantes.
Perto das 13h, a pol�cia – acompanhada de manifestantes – foi at� a portaria do pr�dio do homem. Alegando que se tratava de um flagrante, pois havia supostas imagens que mostravam um morador jogando ovos da janela, os policiais subiram at� o apartamento.
O homem saiu algemado e foi levado para a delegacia. Uma moradora do pr�dio contou que o v�deo, usado como prova para a pris�o em flagrante, n�o foi mostrado. Ele acabou liberado na noite do mesmo dia.
"Foi muito injusto, a situa��o � revoltante. Na rua, v�rias pessoas aglomeradas, sem m�scara e pedindo interven��o militar, e eles invadem o nosso apartamento?", relatou, sob reserva, uma moradora do edif�cio.
“Apresentamos esse requerimento para esclarecer o epis�dio em que a pol�cia entra na casa do cidad�o e efetua a pris�o sob a alega��o de flagrante, utilizando como sustenta��o apenas a acusa��o de algumas pessoas que estavam na manifesta��o”, justifica Cristiano Silveira.
Os parlamentares tamb�m solicitaram que o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justi�a de Defesa dos Direitos Humanos e Apoio Comunit�rio do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (CAO-DH) participe da apura��o.