
Nesta segunda-feira (3/5), em depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) criada pela Assembleia Legislativa para apurar poss�veis irregularidades na imuniza��o de funcion�rios da Sa�de estadual, ele admitiu o conte�do das conversas, mas alegou que a grava��o pode ter sido descontextualizada.
O �udio, que veio a p�blico em 22 de abril, sugere que integrantes da secretaria de Sa�de articularam formas de driblar a CPI e a apura��o do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG). O MPMG solicitou documento detalhando os regimes de trabalho seguidos pelos servidores vacinados � �poca da aplica��o das doses — e, tamb�m, � �poca da reuni�o vazada. Embora n�o haja, no bate-papo, men��o � data precisa da conversa, os participantes d�o ind�cios de que a grava��o foi feita em uma sexta-feira.
O chefe, ent�o, prop�e que dois servidores, lotados na assessoria de comunica��o da Sa�de, voltem ao trabalho de campo para que possam constar, no documento enviado �s autoridades, como funcion�rios em expediente presencial.
“Fizemos a reuni�o para que a gente orientasse os servidores a, efetivamente, voltar ao trabalho presencial a partir da pr�xima semana”, disse, em oitiva concedida a deputados estaduais.
Jo�o Pinho � acusado de tentar alterar o documento pedido pelo MPMG sobre os regimes de trabalho para proteger subordinados. Apesar de reconhecer a sugest�o de retorno �s atividades presenciais, o ex-chefe de gabinete deu a entender, nesta segunda, que o �udio pode ter sido tirado de contexto ou n�o ter captado a �ntegra do debate.
Ele se ampara no fato de ter modificado uma esp�cie de rascunho do documento a ser enviado ao MPMG — e n�o a vers�o definitiva do of�cio.
“O �udio foi descontextualizado. Em momento algum eu interferi nas investiga��es, alterei documento pret�rito ou folha de ponto de servidor”, sustentou ele, exonerado ap�s o vazamento da grava��o.
O outrora servidor afirmou n�o ter conhecimento do regime de trabalho adotado pelos funcion�rios antes do processo da imuniza��o. Ele tamb�m se esquivou de perguntas sobre poss�veis irregularidades na vacina��o dos dois servidores participantes da reuni�o.
“N�o consigo afirmar que foram vacinados de maneira equivocada. O que posso afirmar � que tive conhecimento, naquele dia, pela minuta de documento que seria entregue ao Minist�rio P�blico, que eles permaneceriam em teletrabalho. A partir disso, a gente os orientou a passar a desempenharem suas fun��es em trabalho presencial”.
O governador Romeu Zema (Novo) tamb�m demitiu Everton Luiz de Souza, comandante da assessoria de comunica��o, que tamb�m participou da conversa com os servidores. Everton j� dep�s � CPI.
Depoente tenta se justificar, mas irrita deputados
Por chefiar o gabinete, Jo�o Pinho era o terceiro na hierarquia da pasta. Ele estava atr�s do secret�rio-adjunto — cargo ocupado por Luiz Marcelo Cabral Tavares � �poca da vacina��o — e de Carlos Eduardo Amaral, ent�o secret�rio de Sa�de. O depoente foi questionado sobre a poss�vel vacina��o de servidores em home office mesmo ante o estabelecimento de prioridades que d�o prefer�ncia a grupos como trabalhadores na linha de frente.
Jo�o Pinho alegou que as diretrizes levaram em conta tr�s n�veis diferentes: os que atuam nas salas de imuniza��o, os respons�veis pelos atendimentos aos infectados pelo v�rus e os demais trabalhadores de sa�de. Vacinado em 19 de fevereiro, ao lado do ex-secret�rio e do adjunto, ele recorreu ao Plano Nacional de Operacionaliza��o da Vacina��o (PNO) para justificar a decis�o de imunizar trabalhadores administrativos da secretaria.
“Como o PNO coloca os demais trabalhadores em uma categoria grande, todos os que efetuam atividades em teletrabalho — seja uma nutricionista ou um servidor da secretaria — na vis�o que entendemos do plano, fazem parte da grande categoria de trabalhadores de sa�de”.
A resposta irritou os deputados estaduais, que argumentaram que doses n�o poderiam ser dadas a trabalhadores administrativos enquanto pessoas que davam expediente em hospitais ainda n�o haviam sido imunizadas.
“O senhor era um todo poderoso da Secretaria de Sa�de. Mandava e desmandava l� dentro. Estamos falando de uma escolha de Sofia. Todo mundo merece, mas t�nhamos gente em home office e dentro de CTIs”, disparou Jo�o V�tor Xavier (Cidadania, que preside a CPI.
Jo�o Pinho foi chefe de gabinete da SES-MG entre mar�o de 2020 e abril de 2021. Originalmente, ele � servidor de carreira da Ag�ncia Nacional de Cinema (Ancine). Ele utilizou as compet�ncias de seu antigo cargo, como viagens e substitui��es, para justificar a dose com a qual foi contemplado.
Parlamentar diz que investigado tenta se esquivar
Sargento Rodrigues (PTB) se irritou com a postura de Jo�o Pinho. Ele acusou o investigado de se esquivar dos questionamentos feitos pelos parlamentares.
“�quilo que mais lhe interessa, ele � de uma precis�o t�cnica enorme. �quilo que percebe que pode lhe comprometer, respondeu pelo menos umas seis vezes com “me parece”. Ele tenta se esquivar claramente de responsabilidades que eram dele”, protestou.
Embora o ex-chefe de gabinete tenha dito que se amparou nas regras estipuladas para a vacina��o, Rodrigues disse que o servidor exonerado � “fura-fila” e cometeu crimes de prevarica��o e improbidade administrativa.
A reuni�o desta segunda-feira iniciou �s 14h e terminou j� depois das 18h. A oitiva foi tensa e, a todo momento, deputados questionaram as respostas dadas pelo investigado.
Ex-secret�rio e adjunto na mira nos pr�ximos dias
Passado o depoimento do antigo respons�vel por comandar o gabinete da SES-MG, os componentes da CPI do “fura-fila” preparam os questionamentos ao ex-secret�rio adjunto. Cabral Tavares ser� ouvido na quinta-feira (6). O depoimento de Carlos Amaral est� agendado para o dia 11, uma ter�a-feira.
Nesta ter�a-feira (4), ser� a vez de Virg�nia Corn�lio, ex-comandante do setor de comunica��o da Sa�de estadual, prestar esclarecimentos. A pauta tamb�m contempla a oitiva de Jana�na Fonseca Almeida, diretora de Vigil�ncia e Agravos Transmiss�veis.
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
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Depoente tenta se justificar, mas irrita deputados
Por chefiar o gabinete, Jo�o Pinho era o terceiro na hierarquia da pasta. Ele estava atr�s do secret�rio-adjunto — cargo ocupado por Luiz Marcelo Cabral Tavares � �poca da vacina��o — e de Carlos Eduardo Amaral, ent�o secret�rio de Sa�de. O depoente foi questionado sobre a poss�vel vacina��o de servidores em home office mesmo ante o estabelecimento de prioridades que d�o prefer�ncia a grupos como trabalhadores na linha de frente.
Jo�o Pinho alegou que as diretrizes levaram em conta tr�s n�veis diferentes: os que atuam nas salas de imuniza��o, os respons�veis pelos atendimentos aos infectados pelo v�rus e os demais trabalhadores de sa�de. Vacinado em 19 de fevereiro, ao lado do ex-secret�rio e do adjunto, ele recorreu ao Plano Nacional de Operacionaliza��o da Vacina��o (PNO) para justificar a decis�o de vacinar trabalhadores administrativos da secretaria.
“Como o PNO coloca os demais trabalhadores em uma categoria grande, todos os que efetuam atividades em teletrabalho — seja uma nutricionista ou um servidor da secretaria — na vis�o que entendemos do plano, fazem parte da grande categoria de trabalhadores de sa�de”.
A resposta irritou os deputados estaduais, que argumentaram que doses n�o poderiam ser dadas a trabalhadores administrativos enquanto pessoas que davam expediente em hospitais ainda n�o haviam sido imunizadas.
“O senhor era um todo poderoso da Secretaria de Sa�de. Mandava e desmandava l� dentro. Estamos falando de uma escolha de Sofia. Todo mundo merece, mas t�nhamos gente em home office e dentro de CTIs”, disparou Jo�o V�tor Xavier (Cidadania, que preside a CPI.
Jo�o Pinho foi chefe de gabinete da SES-MG entre mar�o de 2020 e abril de 2021. Originalmente, ele � servidor de carreira da Ag�ncia Nacional de Cinema (Ancine). Ele utilizou as compet�ncias de seu antigo cargo, como viagens e substitui��es, para justificar a dose com a qual foi contemplado.
Parlamentar diz que investigado tenta se esquivar
Sargento Rodrigues (PTB) se irritou com a postura de Jo�o Pinho. Ele acusou o investigado de se esquivar dos questionamentos feitos pelos parlamentares.
“�quilo que mais lhe interessa, ele � de uma precis�o t�cnica enorme. �quilo que percebe que pode lhe comprometer, respondeu pelo menos umas seis vezes com “me parece”. Ele tenta se esquivar claramente de responsabilidades que eram dele”, protestou.
Embora o ex-chefe de gabinete tenha dito que se amparou nas regras estipuladas para a vacina��o, Rodrigues disse que o servidor exonerado � “fura-fila” e cometeu crimes de prevarica��o e improbidade administrativa.
A reuni�o desta segunda-feira iniciou �s 14h e terminou j� depois das 18h. A oitiva foi tensa e, a todo momento, deputados questionaram as respostas dadas pelo investigado.
Ex-secret�rio e adjunto na mira nos pr�ximos dias
Passado o depoimento do antigo respons�vel por comandar o gabinete da SES-MG, os componentes da CPI do “fura-fila” preparam os questionamentos ao ex-secret�rio adjunto. Cabral Tavares ser� ouvido na quinta-feira (6). O depoimento de Carlos Amaral est� agendado para o dia 11, uma ter�a-feira.
Nesta ter�a-feira (4), ser� a vez de Virg�nia Corn�lio, ex-comandante do setor de comunica��o da Sa�de estadual, prestar esclarecimentos. A pauta tamb�m contempla a oitiva de Jana�na Fonseca Almeida, diretora de Vigil�ncia e Agravos Transmiss�veis.