
Ele foi liberado pela pol�cia na noite deste s�bado, ap�s passar mais de sete horas na delegacia. Ele entrar� com um processo por difama��o, cal�nia e danos morais.
O caso ocorreu quando a carreata pr�-Bolsonaro passava pela Avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte. Centenas de apoiadores do presidente se reuniram neste feriado do Dia do Trabalho. Muitos deles pedindo interven��o militar, em ato antidemocr�tico.
Por volta de 12h40, a pol�cia – acompanhada de manifestantes – foi at� a portaria do pr�dio do homem.
Alegando que se tratava de um flagrante, pois havia supostas imagens que mostravam um morador jogando ovos da janela, os policiais subiram at� o apartamento. O deputado estadual Bart� (Novo) foi at� a porta da resid�ncia de Filipe. "Fui completamente surpreendido", contou.
"Est�vamos lavando lou�a na cozinha quando formos surpreendidos pelos policiais e um deputado na minha porta. Eles gritavam de forma muito desrespeitosa", acrescentou a jovem que mora com ele.
No apartamento do rapaz, o policial anunciou a voz de pris�o. "Ele n�o deixou nem eu beber uma �gua, me puxou com for�a, me algemou. Eu tinha trabalhos para fazer durante � tarde! Ele me colocou em um cambur�o e me exp�s aos riscos da COVID-19", criticou Filipe. ''O policial agiu de forma arbitr�ria, n�o havia flagrante nenhum", acrescentou a jovem que mora com Filipe.
Detido sem mandado de pris�o e com base apenas no testemunho dos manifestantes, o homem prestou depoimento na Central de Flagrantes (Ceflan) da Pol�cia Civil, que fica da Rua Conselheiro Rocha, no Bairro Floresta, Regi�o Leste de BH. Eles chegaram por volta das 13h e s� foram liberados por volta das 21h.
O deputado estadual Bruno Engler (PSL) postou um v�deo nas redes sociais pedindo que pessoas denunciem aqueles que jogaram ovos da janela.
Moradores do pr�dio relatam provoca��es feitas pelos manifestantes que passavam na rua contra diversas pessoas que estavam nas janelas. Agressivos, homens desciam dos carros e das motocicletas pra ordenar que moradores descessem para agredi-los. "Eles gritavam: voc�s est�o todos f*didos", relatou a moradora.
O Estado de Minas entrou em contato com Pol�cia Militar, mas ainda n�o teve retorno at� a publica��o desta mat�ria.