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Estado de Minas RELEMBRE

Em 2016, Eduardo Bolsonaro chamou de 'covarde' depoente que se calou em CPI

Filho do presidente Bolsonaro, deputado federal protestou contra habeas corpus que garantiu sil�ncio de interrogado durante comiss�o que tratou da Funai


14/05/2021 15:31 - atualizado 14/05/2021 15:56

Eduardo Bolsonaro já repreendeu depoente por se calar após conseguir habeas corpus: ''Quem não fala na CPI é covarde, não tem vergonha na cara''(foto: AFP / EVARISTO SA)
Eduardo Bolsonaro j� repreendeu depoente por se calar ap�s conseguir habeas corpus: ''Quem n�o fala na CPI � covarde, n�o tem vergonha na cara'' (foto: AFP / EVARISTO SA)
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos mais ferrenhos cr�ticos da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID, instalada pelo Senado, j� protestou contra um depoente que, embasado por habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ficou em sil�ncio durante oitiva de outra CPI, ocorrida em 2016.

O v�deo do momento em que o filho “03” do presidente chama o interrogado de “covarde” viralizou horas ap�s o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Sa�de, recorrer ao STF para ficar em sil�ncio ante os senadores.

A Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), que fez o pedido em favor de Pazuello, argumenta que a solicita��o foi pensada para evitar que o militar produza “provas contra si mesmo”.

A revolta de Eduardo Bolsonaro por causa do uso de um habeas corpus em CPI ocorreu h� pouco mais de cinco anos. Em abril de 2016, os deputados atuavam em comiss�o que investigava a atua��o da Funda��o Nacional do �ndio (Funai). O ent�o secret�rio de Finan�as e Administra��o da Confedera��o Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos, se calou.

“Eu fico muito triste em ver esse tipo de atitude. Me lembra do tempo quando eu estava na ativa da pol�cia. E � exatamente do mesmo jeito: vagabundo, ‘t�’ no meio dele, t� com aquela claque comprada no Pal�cio do Planalto, fala o que ele quiser. � o valent�o. O maioral. Chega aqui na frente da gente, olha at� para baixo”, disparou o parlamentar, � �poca filiado ao PSC.



O advogado de Aristides reclamou do tom adotado por Eduardo, mas n�o foi suficiente para p�r fim ao discurso. “Pode reclamar, senhor advogado. Eu falei alguma mentira? Isso � conduta de covarde. N�o tem um pingo de vergonha na cara, fica a� engolindo (a) seco. Fala a�, agora, a verdade”, continuou.

“Sei que tem um habeas corpus preventivo para n�o poder falar. Perde essa oportunidade e endossa o que acabei de falar: � uma pessoa covarde, segundo o dicion�rio Aur�lio, que nao tem um pingo de vergonha na cara de falar o que bem quiser no Pal�cio do Planalto e chegar aqui, na frente das pessoas destinat�rias da sua fala, e fazer essa cara de paisagem”, bradou o filho do presidente da Rep�blica — que, ainda na condi��o de deputado, tamb�m compareceu � reuni�o.

Eduardo mencionou o Pal�cio do Planalto duas vezes durante sua interven��o pois Aristides foi convocado a depor por ter dito, em cerim�nia na sede do governo, que a ocupa��o de propriedades de congressistas era um meio de defender a presidente Dilma Rousseff (PT) do processo de impeachment que corria.

O deputado federal mineiro Andr� Janones (Avante) postou o v�deo em suas redes sociais. Em tom ir�nico, ele sugeriu aos senadores que, caso haja aval do STF ao habeas corpus pedido por Pazuello, Eduardo Bolsonaro receba tempo para protestar contra a decis�o da Suprema Corte, como fez em 2016.

Onyx tamb�m j� criticou habeas corpus


Apoiador de primeira hora do presidente e um de seus homens de confian�a, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Onyx Lorenzoni, disparou contra o ex-presidente da Petrobr�s, Nestor Cerver�.

O ex-executivo, alvo da CPI que investigava desvios na estatal de petr�leo, tamb�m ficou em sil�ncio durante a oitiva. “Cerver� ouviu de mim que em CPI quem se vale do direito de ‘ficar calado’ tem coisa a esconder, s� bandido usa disso”, escreveu Onyx.


Renan n�o quer sil�ncio de general


Quem n�o gostou nada da tentativa de blindar Pazuello foi o relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL). Ele solicitou aos ministros da Suprema Corte que rejeitem o habeas corpus solicitado pelo general. O senador afirmou que a medida “equivale a esconder do povo informa��es cruciais”


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