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Estado de Minas POL�TICA

Pazuello diz que Pfizer n�o ficou sem resposta e clima esquenta na CPI da Covid


19/05/2021 12:27

Na CPI da Covid, as respostas do ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello sobre a negocia��o do governo brasileiro para a compra de vacinas da Pfizer culminaram em um bate-boca. O clima esquentou ap�s Pazuello afirmar ao relator, Renan Calheiros (MDB-AL), que as propostas da Pfizer nunca teriam ficado sem resposta do Minist�rio da Sa�de.

Segundo Pazuello, foram "in�meras" vezes que a pasta falou com a farmac�utica. O ex-ministro argumentou que as negocia��es enfrentaram desafios em raz�o das cl�usulas do contrato e quest�es log�sticas, al�m do pre�o.

"Essas discuss�es nos consumiram em setembro e outubro. De agosto a setembro est�vamos discutindo com a Pfizer ininterruptamente", disse Pazuello. "A resposta � Pfizer � uma negocia��o. Eu estou falando de dezenas de reuni�es e discuss�es. A resposta sempre foi: 'sim, queremos comprar', mas n�o posso comprar se voc� n�o flexibilizar tal medida, se n�o auxiliar na log�stica", afirmou o general na CPI.

O estranhamento com Renan se acirrou diante do questionamento de que o minist�rio teria deixado a farmac�utica por sete vezes sem resposta. "N�o houve decis�o de n�o responder a Pfizer. Presidente era informado o tempo todo sobre as minhas condu��es, n�o s� da Pfizer. Foi informado por mim em todo o processo que come�ou em julho at� mar�o, quando contratamos a Pfizer, pessoalmente por mim", afirmou Pazuello, que foi ent�o perguntado por Renan se a Pfizer estaria mentindo. "Eu respondo por mim", disse o ex-ministro.

Pazuello disse ainda que as negocia��es aconteciam em n�vel administrativo, e que ministros n�o podem receber empresas para fazer esse tipo de tratativa. "O senhor deveria saber disso", dirigiu a Renan, o que provocou um repreens�o a Pazuello pelos senadores da CPI.

"O senhor est� dizendo que eu n�o respondi, eu respondi centenas de vezes. Respostas foram respondidas in�meras vezes, queremos comprar a Pfizer, nunca fechamos a porta, o senhor me desculpe, acho que o senhor est� conduzindo a conversa", afirmou o ex-ministro.

"Nos colocaram cinco cl�usulas complicad�ssimas, ativos brasileiros no exterior, isen��o completa da responsabilidade por efeitos colaterais, refer�ncia do f�rum para Nova York, pagamento adiantado, assinatura do presidente da Rep�blica em contrato, n�o existirem multas quanto ao atraso de entrega. Para ouvir isso a primeira vez, eu achei muito estranho", disse Pazuello, afirmando ainda que a Pfizer cobrava US$ 10 pela dose e as negocia��es com outras farmac�uticas estavam em US$ 3,75.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), ent�o pediu que Pazuello entregue � CPI os documentos das negocia��es com a farmac�utica, a fim de evitar uma acarea��o com representantes da empresa. O ex-ministro afirmou que essas comprova��es ser�o apresentadas � comiss�o.

Bolsonaro e Coronavac

No depoimento � CPI da Covid, Eduardo Pazuello tentou minimizar o epis�dio em que o presidente Jair Bolsonaro o desautorizou a comprar a Coronavac, em outubro do ano passado. Na ocasi�o, o ex-ministro chegou a anunciar o acordo com o Instituto Butantan para a compra de 100 milh�es de doses. Pazuello alegou que aquele era um posicionamento "pol�tico" de Bolsonaro, direcionado a um "agente pol�tico de S�o Paulo" - o governador Jo�o D�ria (PSDB) - mas que n�o houve repercuss�o pr�tica nas negocia��es do imunizante com o Butantan.

"Uma postagem na internet n�o � ordem, ordem � direta, verbal ou por escrito. E n�o havia compra, s� havia termo de inten��o e ele foi mantido", disse. "O presidente n�o deu ordem para n�o comprar nada", afirmou o ex-ministro.

Confrontando pelo relator, Renan Calheiros, sobre o momento em que Bolsonaro o desautorizou publicamente, Pazuello disse que, a ele, nenhuma ordem foi dada. "Ele falou publicamente. Para o minist�rio ou para mim, nunca", disse, tentando blindar o presidente no epis�dio.

"O presidente fala como chefe de Estado, mas tamb�m como agente pol�tico, se pronuncia como agente pol�tico. Quando ele recebe posi��o de agente pol�tico de S�o Paulo, ele se posiciona como agente pol�tico tamb�m", tentou justificar Pazuello, que atribuiu a frase dita sobre Bolsonaro por ele na ocasi�o, "um manda, outro obedece", a um "jarg�o militar".


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