
Ara�jo anunciou a sa�da do Itamaraty em 29 de mar�o ap�s uma gest�o repleta de pol�micas. Sua sa�da se deu, principalmente, a press�es do Congresso Nacional, em especial do Senado, que apontava que a postura do ex-ministro n�o contribuiu com o Brasil no combate � pandemia.
Os senadores tamb�m falavam que a forma como Ara�jo chefiava o Itamaraty atrapalhava as rela��es comerciais do Brasil com outras na��es.
Na ocasi�o de sua demiss�o, ele havia entrado em um embate com a senadora K�tia Abreu (PP-TO). Ap�s uma cr�tica da parlamentar, Ara�jo publicou no perfil da rede social um texto sugerindo que as cr�ticas recebidas da senadora dizem respeito a interesses relacionados ao 5G e n�o � vacina��o contra a COVID-19.
"Em 4/3 recebi a Senadora K�tia Abreu para almo�ar no MRE (Minist�rio das Rela��es Exteriores). Conversa cort�s. Pouco ou nada falou de vacinas. No final, � mesa, disse: 'Ministro, se o senhor fizer um gesto em rela��o ao 5G, ser� o rei do Senado.' N�o fiz gesto algum", escreveu.
Houve resposta da senadora, que teve apoio de diversos senadores, inclusive do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que disse ter recebido com perplexidade as afirma��es do ex-ministro contra K�tia.
Atritos com a China
A perman�ncia do ex-chanceler ficou insustent�vel, e sua sa�da foi anunciada no dia seguinte. Na semana passada, Ara�jo esteve no Senado para prestar depoimento na condi��o de testemunha na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID.
No local, negou atritos com a China, apesar de ter sido p�blico momentos de mal estar entre ele e o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming.
S� no ano passado, o Itamaraty respondeu a embaixada em duas ocasi�es diferentes ap�s o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, fazer cr�ticas ao gigante asi�tico.
Em novembro, o parlamentar fez uma s�rie de publica��es em sua rede social que acusava a China de espionagem via 5G.
A embaixada respondeu em nota manifestando forte insatisfa��o e rep�dio ao comportamento do deputado e disse, ao final, que as personalidades brasileiras devem "deixar de seguir a ret�rica da extrema direita norte-americana, cessar as desinforma��es e cal�nias sobre a China e evitar ir longe demais no caminho equivocado".
Contrariando a pr�tica diplom�tica, o Itamaraty chamou a resposta chinesa de ofensiva e desrespeitosa, dizendo n�o ser apropriado que “agentes diplom�ticos” tratem assuntos dos dois pa�ses pelas redes sociais e que tal atitude n�o � construtiva e gera “fric��es”.