
A Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) quer mudar de m�os a relatoria, no Supremo Tribunal Federal (STF), de processo envolvendo suspeita de contrabando de madeira extra�da da Amaz�nia.
Os autores investigados desse suposto crime ambiental s�o servidores p�blicos, entre eles o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e empresas privadas ligadas � explora��o e exporta��o de madeira.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a PGR pediu que a investiga��o que mira ‘grave esquema de facilita��o ao contrabando’ fosse enviada � ministra C�rmen L�cia.
O argumento usado pela PGR � que a ministra � relatora de dois feitos que tratam de suposta atua��o indevida do ministro do Meio Ambiente em benef�cio de empresas madeireiras, entre elas a not�cia-crime enviada � corte pelo delegado Alexandre Saraiva, ex-chefe da Pol�cia Federal no Amazonas, que perdeu o cargo ap�s acusar Salles de crimes de obstru��o de investiga��o ambiental, advocacia administrativa e organiza��o criminosa.
Opera��o Akuanduba
Como revelou a jornalista Eliane Cantanh�de, o pedido para a troca de relatoria da Opera��o Akuanduba tamb�m chegou ao presidente do STF, Luiz Fux, em of�cio elaborado pelo chefe do MPF, Augusto Aras.Ao negar o pedido assinado por Humberto Jacques de Medeiros, Alexandre defendeu que os fatos narrados nos autos da investiga��o - que acabou fazendo buscas contra Salles - s�o ‘absolutamente diversos’ dos descritos nas peti��es sob relatoria de C�rmen L�cia.
O ministro do STF tamb�m frisou que a Opera��o Akuanduba foi aberta no �mbito de processo distribu�do para sua relatoria antes mesmo de os casos sob al�ada de C�rmen chegarem ao STF.
O Estad�o mostrou ainda que que, antes de autorizar as dilig�ncias realizadas pela Pol�cia Federal na �ltima quarta-feira (19/5), Alexandre desarquivou uma not�cia-crime que estava engavetada desde outubro, a pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica.
Alexandre desarquivou o caso por considerar que novas informa��es apresentadas pela Pol�cia Federal eram ‘substanciais elementos modificadores do panorama probat�rio anterior, aptos a possibilitar o retorno das investiga��es pela altera��o das circunst�ncias f�ticas’.
O que abasteceu o inqu�rito foi o depoimento de um servidor do Ibama lotado na Superintend�ncia de Apura��o de Infra��es Ambientais da pasta e algumas comunica��es ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras por ‘opera��es suspeitas de investigados’.