
"A� no outro dia de manh� (ap�s an�ncio do Minist�rio sobre Coronavac), infelizmente conversa��es n�o prosseguiram porque houve manifesta��o do presidente Jair Bolsonaro dizendo que vacina n�o seria incorporada", afirmou o diretor nesta quinta-feira, lembrando que o instituto tem um �nico cliente, o Minist�rio da Sa�de.
Covas lembrou que, at� outubro de 2020, as conversas entre governo e o instituto estavam correndo bem, inclusive com o convite de Pazuello para o diretor participar, no dia 20 daquele m�s, de an�ncio sobre a aquisi��o da vacina. "E tudo aparentemente estava indo muito bem, tanto � que no dia 20 de outubro fui convidado por Pazuello para cerim�nia no minist�rio onde vacina seria anunciada, e anunciou naquele momento na presen�a de governadores e parlamentares", disse o diretor.
Covas citou tr�s of�cios enviados ao governo federal no ano passado. Um em julho, no qual se ofertou 60 milh�es de doses que poderiam ser entregues no �ltimo trimestre de 2020, sem resposta efetiva do governo. Por isso, em agosto, a proposta foi refor�ada, acompanhada ainda de um pedido de apoio financeiro ao estudo cl�nico do imunizante. "Todas essas iniciativas n�o tiveram resposta positiva", afirmou ele.
J� em outubro, o Butantan conseguiu uma sinaliza��o "muito positiva", de acordo com o diretor do instituto, de que a vacina poderia ser incorporada ao PNI. Ent�o, no dia 7 de outubro, um novo of�cio foi enviado, com a oferta de 100 milh�es de doses. "Sendo que dessas 45 milh�es seriam produzidas no Butantan at� dezembro de 2020, 15 milh�es no final de fevereiro e 40 milh�es adicionais at� maio desse ano", relatou, lembrando ent�o da "inflex�o" nas negocia��es no dia ap�s o an�ncio pelo Minist�rio da Sa�de, em raz�o da declara��o de Bolsonaro. "Casou frustra��o de nossa parte", disse ele.