
Eleita com 186 votos, a dentista Karine passou por uma s�rie de constrangimentos por causa do deslize. Ela figurou em uma lista do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) sobre candidatos que, mesmo tendo mais de R$ 1 milh�o em bens, solicitaram o aux�lio emergencial. Agora, a vereadora j� n�o consta mais no documento, visto que a Justi�a Eleitoral retificou sua presta��o de contas.
Karine recebeu, de fato, duas parcelas do socorro de R$ 600, quando estava com o consult�rio odontol�gico fechado. No fim do ano, devolveu o dinheiro ao governo federal.
“Querendo ou n�o, o fato de eu ter sido eleita, mulher, em uma cidade coronelista e patriarcal, al�m de ser homossexual (ajuda a alimentar os ataques). Direto, me atacam de todas as formas”, diz.
A vereadora tenta superar o erro de digita��o presente na primeira vers�o dos dados entregues � Justi�a Eleitoral. “Fui eleita. Minhas contas foram aprovadas”, sustenta.
Hist�rico
Ao produzir o documento listando milion�rios que usufru�ram do aux�lio, o TCU advertiu para poss�veis casos de erro no preenchimento dos documentos obrigat�rios para a disputa da elei��o. Fraudes cometidas sem o consentimento dos donos dos CPFs tamb�m podem ter ocorrido.
“N�o se pode olvidar, contudo, o risco de erro de preenchimento de informa��es por parte dos candidatos, bem como de fraudes estruturadas com dados de terceiros, eventos dos quais o Minist�rio da Cidadania demonstra ter plena percep��o da probabilidade de ocorr�ncia e para os quais se espera que haja controles internos mitigadores”, apontou o ministro Bruno Dantas, relator do tema na corte de contas.