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Estado de Minas POL�TICA

Dimas Covas contraria Pazuello e aponta ofertas de vacina ignoradas por governo


27/05/2021 17:13

Ap�s mais de seis horas, o diretor do Butantan, Dimas Covas, encerrou seu depoimento � CPI da Covid. O instituto, ligado ao governo de S�o Paulo, � respons�vel pelo fornecimento da Coronavac no Brasil, primeira vacina contra a covid-19 dispon�vel no Pa�s, produzida em parceria com a farmac�utica chinesa Sinovac.

A guerra pol�tica que envolveu as negocia��es do imunizante foi o foco do interrogat�rio de Dimas Covas. Aos senadores, o diretor do Butantan afirmou que se o governo tivesse aceitado uma oferta apresentada ao Minist�rio da Sa�de em julho do ano passado, 60 milh�es de doses da vacina poderiam ter sido entregues ao Programa Nacional de Imuniza��o (PNI) at� dezembro de 2020. A proposta, no entanto, n�o teria tido retorno do governo.

Dimas Covas ainda contrariou a vers�o do ex-ministro Eduardo Pazuello, de que as declara��es do presidente Jair Bolsonaro contra a Coronavac n�o teriam influenciado as negocia��es. Segundo o diretor do Butantan, as conversa��es com o Minist�rio da Sa�de sobre a compra do imunizante "n�o prosseguiram" em raz�o da manifesta��o do presidente, que desautorizou Pazuello publicamente sobre a aquisi��o da vacina.

Segundo ele, at� o epis�dio, as tratativas com o Minist�rio da Sa�de em outubro transcorriam bem. Na ocasi�o, a proposta envolvia 100 milh�es de doses. No entanto, no dia seguinte ao an�ncio do minist�rio sobre a aquisi��o da vacina no dia 20 daquele m�s, as conversas tomaram outro rumo e ficaram paralisadas. "A� no outro dia de manh� (ap�s an�ncio do Minist�rio sobre Coronavac), infelizmente conversa��es n�o prosseguiram porque houve manifesta��o do presidente Jair Bolsonaro dizendo que vacina n�o seria incorporada", afirmou o diretor.

Na sess�o, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou v�deos envolvendo o caso, tanto das manifesta��es de Bolsonaro como do ent�o secret�rio-executivo do Minist�rio da Sa�de, �lcio Franco. Ap�s a fala do presidente, ele declarou que n�o havia inten��o de comprar vacina chinesa, uma refer�ncia � Coronavac.

De acordo com Covas, o cen�rio s� mudou em janeiro, quando o contrato com o Minist�rio da Sa�de foi fechado - o que, para o diretor do Butantan, foi fruto de tentativas frustradas do governo em adquirir outros imunizantes. Ele ainda refor�ou que, se a contrata��o com a pasta tivesse ocorrido antes, 100 milh�es de doses poderiam ter sido integralizadas em maio deste ano. "E nesse momento (com o contrato atual) n�o sabemos se 100 milh�es de doses ser�o integralizadas em setembro dada as dificuldades em rela��o � mat�ria-prima", relatou Covas.

Para o diretor do Butantan, o apoio do governo federal � produ��o da Coronavac, que segundo ele n�o aconteceu, poderia ter conferido "maior velocidade" ao desenvolvimento do imunizante. "Essa vacina n�o teve o apoio (do governo federal) na hora que foi solicitado, e poderia ter dado uma velocidade maior ao desenvolvimento. Poder�amos ter, como mostrei em v�rios depoimentos, um quantitativo maior de vacinas dispon�veis para o Brasil no momento adequado", concluiu Dimas Covas.

Aos senadores governistas, Covas manteve as declara��es de que a Coronavac � uma vacina eficaz e segura contra a covid-19, a qual poderia ter ajudado a reduzir o n�mero de v�timas da doen�a se fosse adotada mais cedo. Figura carimbada nas entrevistas coletivas do governo de S�o Paulo, o diretor do Butantan chegou a participar tr�s vezes por semana das sabatinas do governo paulista.


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