CPI da COVID: m�dica vetada pelo Planalto dep�e nesta quarta-feira (2/6)

O presidente da CPI da COVID, Omar Aziz (PSD-AM), vai antecipar o depoimento de pessoas apontadas como integrantes do chamado “gabinete paralelo”. Outras testemunhas ligadas � gest�o do Minist�rio da Sa�de tamb�m devem ser ouvidas, nesse caso, para apurar uma poss�vel inger�ncia pol�tica na pasta. Por isso, o colegiado far� a oitiva, hoje, da m�dica Luana Ara�jo. Ela foi indicada ao cargo de secret�ria de enfrentamento � COVID-19, mas 10 dias depois teve a sua sa�da anunciada. A nomea��o n�o foi aprovada pelo Pal�cio do Planalto.

A princ�pio, nesta quarta-feira (2/9), haveria uma audi�ncia p�blica com m�dicos e pesquisadores sobre o uso de medicamentos contra a COVID-19. A mudan�a da pauta provocou revolta na base governista. O senador Marcos Rog�rio (DEM-RO), que integra a linha de frente do governo na CPI, criticou a altera��o.

Aziz argumentou que a CPI deve focar em investigar, e n�o em fazer audi�ncia p�blica. De acordo com ele, o pr�prio ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, levou informa��es ao colegiado que justificam a convoca��o de Luana Ara�jo. O atual titular da pasta sustentou, na comiss�o, que tinha autonomia para nomear quem quisesse, mas a escolha dele pela m�dica foi barrada pelo Planalto.

Aziz avisou que deve alterar a agenda mais uma vez e antecipar os depoimentos de �lcio Franco, ex-secret�rio-executivo do minist�rio; Marcos Arnaud, conhecido como Marquinhos Show, que era assessor direto do ent�o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello; Arthur Weintraub, ex-assessor especial da Presid�ncia, irm�o do ex-ministro da Educa��o Abraham Weintraub; Carlos Wizard, empres�rio; e o pr�prio Queiroga.

Arthur Weintraub e Carlos Wizard foram citados, nesta ter�a-feira (1º/6), pela m�dica Nise Yamaguchi. De acordo com ela, Weintraub discutiu “a possibilidade de m�dicos prescreverem esses medicamentos”, referindo-se � cloroquina e hidroxicloroquina. Sobre Wizard, afirmou que participa com ele de um “conselho cient�fico independente”.

De acordo com Aziz, a pr�xima etapa da investiga��o � ir atr�s do “gabinete do �dio, que tanto propagou o uso de cloroquina” e outras medica��es sem efic�cia comprovada contra a COVID-19. J� houve solicita��o de compartilhamento de dados do inqu�rito das fake news, no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Encerramos um ciclo de investiga��o em que sabemos que o governo nunca quis comprar vacina, isso est� provado, n�o tem mais que discutir essa quest�o. E est� provado, tamb�m, que havia um assessoramento n�o de profissionais nomeados no Minist�rio da Sa�de”, afirmou. “E foi se formatando, sem nenhum dado cient�fico, um protocolo em que vem tratamento precoce e imuniza��o de rebanho, coisa que n�o deu certo no Brasil e ceifou a vida de muitas pessoas.”