A Pol�cia Federal deflagrou na manh� desta ter�a, 8, a Opera��o 'Leet' contra suposta organiza��o criminosa envolvida em ataque cibern�tico aos sistemas do Supremo Tribunal Federal. Agentes cumprem tr�s ordens de pris�o tempor�ria e cinco mandados de busca e apreens�o nas cidades de Itumbiara (GO), Bragan�a Paulista (SP), Bel�m do S�o Francisco, Jaboat�o dos Guararapes e Olinda (PE). Ao menos dois alvos j� foram presos.
A investiga��o foi aberta no in�cio de maio, a pedido da Pol�cia Federal, ap�s a equipe de tecnologia da informa��o da corte comunicar aos investigadores 'uma s�rie de condutas suspeitas que indicavam' que o site do STF estaria sob um ataque hacker. O inqu�rito corre sob sigilo.
O caso est� sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Como mostrou o Estad�o, os investigadores suspeitavam que a suposta invas�o poderia ter rela��o com os inqu�ritos das fake news e dos atos antidemocr�ticos, que tamb�m est�o sob a relatoria do ministro. Uma das possibilidades que chegou a ser cogitadas � a de que um algum grupo ativista anti-STF estaria por tr�s do ataque.
"No curso do Inqu�rito Policial foram identificados os endere�os de onde partiram os ataques, bem como as pessoas que, de forma sistem�tica e organizada, praticaram os crimes ora apurados. Com as medidas judiciais cumpridas nesta data busca-se identificar demais part�cipes e circunst�ncias dos atos criminosos praticados", registrou a PF em nota.
De acordo com a corpora��o, os investigados podem responder pelos crimes de invas�o de dispositivo inform�tico e associa��o criminosa, cujas penas, somadas, podem chegar a cinco anos de reclus�o.
A Pol�cia Federal indicou que o nome da opera��o, Leet, faz refer�ncia a termo tamb�m conhecido como eleet ou leetspeak, que '� uma alternativa ao alfabeto inicialmente no ingl�s, empregado principalmente na internet'. "Se utiliza de v�rias combina��es de caracteres ASCII para substituir letras do alfabeto latino. � usado como um adjetivo para descrever proeza formid�vel ou realiza��o, especialmente nas �reas de jogos on-line e em sua forma original, usada por hackers de computador", registrou a corpora��o em nota.
As apura��es preliminares sobre o ataque chegaram a indicar que o acesso n�o teve intuito de "sequestro de ambiente" - como ocorreu em epis�dios envolvendo o Superior Tribunal de Justi�a e o Tribunal de Justi�a do Rio e Janeiro -, mas sim de obten��o de dados. "O acesso fora do padr�o foi contido enquanto ainda estava em andamento e, segundo informa��es preliminares, somente dados p�blicos ou de caracter�sticas t�cnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informa��es sigilosas", comunicou o STF em nota divulgada no dia 7 de maio em raz�o do ocorrido.
A quantidade de acessos ao site do Supremo na ocasi�o foi muito superior � que � normalmente identificada, o que causou estranheza aos servidores da Corte. O portal chegou a ser retirado do ar para "seguran�a das informa��es".
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