Auditor que criou estudo paralelo no TCU � amigo dos filhos de Bolsonaro

Foi o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques o respons�vel por elaborar o “estudo paralelo” do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) apontando que metade das mortes pela COVID-19 no pa�s n�o ocorreram. Segundo ele, os governadores inflaram o total de �bitos para obterem mais verbas do governo federal.

 

Procurado pelo Correio Brazilense, Alexandre disse que s� falaria com autoriza��o da assessoria de imprensa do TCU, que j� foi demandada. O auditor � amigo dos filhos do presidente Jair Bolsonaro e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Gustavo Montezano.

O “estudo paralelo” foi citado por Bolsonaro na segunda-feira (07/06) para desqualificar a pandemia do novo coronav�rus, que j� matou quase 500 mil brasileiros. Nesta ter�a (08/06), o presidente assumiu que o “estudo” n�o pertence oficialmente ao Tribunal de Contas da Uni�o.

Alexandre est� lotado na secretaria do TCU que lida com intelig�ncia e combate � corrup��o. Quando come�ou a pandemia do novo coronav�rus, ele pediu para acompanhar as compras com dinheiro p�blico de equipamentos para o combate � COVID.

A partir dali, o auditor come�ou a elaborar o “estudo paralelo”. Quando apresentou os resultados de sua tese aos colegas de trabalho, foi veemente repreendido, pois ficou claro que ele queria desqualificar os governadores e favorecer o discurso de Bolsonaro. Nenhum outro auditor do TCU endossou o “estudo” por consider�-lo uma farsa.

Assustados com a insist�ncia de Alexandre, os colegas de trabalho comunicaram os ministros da Corte de Contas o que estava acontecendo. Mas o auditor entregou a sua tese aos filhos de Bolsonaro, que a tornou p�blica. O TCU abriu investiga��o para apurar a conduta de Alexandre.