
Cr�tico ferrenho do governo de Jair Bolsonaro, o advogado chegou a ser filiado ao PT na juventude e tentou virar vereador em 2004, mas n�o foi eleito. Hoje, considera-se de centro e tem em Paes seu principal parceiro na pol�tica. Os dois s�o amigos de longa data.
Lula, por sua vez, adotou tom parecido com o da noite de quinta, 10, quando falou para a esquerda. Defendeu a ideia de um grande pacto para tirar o Pa�s da crise e das m�os do bolsonarismo. O almo�o foi fechado � imprensa.
Al�m de Paes e Maia, estiveram no encontro o pr�prio Felipe Santa Cruz e outros aliados do prefeito, como os secret�rios e deputados licenciados Pedro Paulo (DEM) e Marcelo Calero (Cidadania). Todos devem migrar em breve para o PSD, acompanhando movimento recente de Paes. Figuras petistas, incluindo a presidente Gleisi Hoffmann, tamb�m participaram do encontro no Pal�cio da Cidade, que durou cerca de duas horas e meia.
A visita de Lula ao prefeito carioca se deu um dia ap�s o petista se reunir com lideran�as de esquerda. Ele favor�vel � constru��o de uma frente ampla no Rio que inclua os grupos de Marcelo Freixo, prestes a se filiar ao PSB, e Paes. Ou seja, juntando esquerda e centro.
A composi��o serviria como um palanque forte, no ber�o do bolsonarismo, para Lula tentar voltar ao Planalto. O PT deve abrir m�o de candidaturas pr�prias a governador e senador na maioria dos Estados em troca de apoios a Lula. Tamb�m pretende priorizar a forma��o de uma robusta bancada na C�mara.
Na manh� desta sexta, 11, contudo, Paes disse que seu candidato hoje para o Planalto � o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (hoje no DEM, mas que tamb�m deve ir para o PSD). O partido de Gilberto Kassab mant�m discurso de que ter� candidatura pr�pria � Presid�ncia e nos tr�s maiores col�gios eleitorais do Pa�s.
Freixo anunciou na manh� desta sexta sua sa�da do PSOL ap�s resist�ncias internas no partido para ampliar alian�as. No PSB do deputado Alessandro Molon, ter� mais facilidade de acenar ao centro. Ele e Paes v�m conversando ao longo deste ano.
No Rio, Lula tamb�m tem agendas que n�o se limitam a encontros com pol�ticos, como uma visita a um estaleiro nesta manh�. "Quero mandar um recado aos trabalhadores da ind�stria naval: n�o deixem destru�rem o que voc�s constru�ram. S�o 15 milh�es de brasileiros desempregados. A gente tem que reagir e defender esse pa�s. O Brasil n�o � do Bolsonaro", escreveu ap�s a visita.
Neste s�bado, 12, est� prevista uma reuni�o com artistas. Tamb�m h� a possibilidade de conversar com lideran�as do movimento negro.