A c�pula e outros integrantes da CPI da Covid lamentaram a marca de 500 mil mortes provocadas pela covid-19 no Brasil, registrada neste s�bado (19). Em nota, os senadores disseram assegurar que os respons�veis por esse quadro "devastador e desumano" pagar�o por seus "erros, omiss�es, desprezos e deboches", e que os culpados ser�o "punidos exemplarmente". "H� culpados e eles, no que depender da CPI, ser�o punidos exemplarmente", afirmam a maioria dos membros da comiss�o. A declara��o cita ainda que crimes contra a humanidade, mortic�nios e genoc�dios "n�o se apagam, nem prescrevem".
"Eles se eternizam e, antes da justi�a Divina, eles se encontrar�o com a justi�a dos homens", diz a nota, assinada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD), pelo vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), al�m de Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Rog�rio Carvalho (PT-SE) e Eliziane Gama (Cidadania-MA). Nenhum governista assinou o documento.
Na sexta-feira, ap�s dois meses de funcionamento, a CPI avan�ou para uma nova etapa ao transformar 14 testemunhas em investigados, sendo a maioria dos nomes ligada ao presidente Jair Bolsonaro. A lista de 14 pessoas foi anunciada pelo relator da CPI, e inclui o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga; o general Eduardo Pazuello, ex-titular da pasta; e o ex-chanceler Ernesto Ara�jo, al�m de integrantes do chamado "gabinete paralelo", n�cleo de assessoramento do presidente na condu��o da pandemia. Renan tamb�m afirmou que avalia incluir o pr�prio presidente na rela��o, mas que a compet�ncia de a CPI para investigar o presidente diretamente ainda � analisada.
Na nota divulgada neste s�bado, a maioria dos membros da comiss�o afirma que as 500 mil vidas perdidas poderiam ter sido poupadas com "bom senso, escolhas acertadas e respeito � ci�ncia". "Nessa data dolorosamente tr�gica, quando o Brasil contabiliza 500 mil mortes, desejamos transmitir nossos mais profundos sentimentos ao Pa�s. Temos consci�ncia que nenhuma palavra � suficiente para consolar e superar a dor das perdas de nossas fam�lias. S�o 500 mil sonhos interrompidos, 500 mil vidas ceifadas precocemente, 500 mil planos, desejos e projetos", dizem os senadores.
POL�TICA