Sem a presen�a do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, iniciou neste domingo, 20, a vacina��o em massa contra a covid-19 na Ilha de Paquet�, bairro do Rio de Janeiro eleito pela Fiocruz para um teste visando estudos sobre contamina��o ap�s a imuniza��o. O ministro se negou a responder perguntas ligadas � CPI da Covid, onde passou a ser investigado, e sobre a demora da vacina��o no Brasil.
"Eu sou um agente sanit�rio e n�o me preocupo com essas quest�es pol�ticas. Eu tenho um foco, que � vacinar a popula��o brasileira", disse Queiroga acompanhado da Maria Gotinha, um dos s�mbolos da campanha de vacina��o.
"O povo julga", limitou-se a responder Queiroga, ao ser perguntado sobre os protestos de s�bado contra o presidente Jair Bolsonaro e a favor da vacina.
Segundo Queiroga, ele comprou 630 milh�es de doses da vacina e at� o final deste ano pretende vacinar todos os brasileiros adultos.
Ao ser perguntado se n�o teria sido importante ter come�ado o processo de vacina��o mais cedo, o ministro n�o negou nem confirmou. "Seria importante fazer o que estamos fazendo, as vacinas est�o a�, o povo brasileiro reconhece que estamos trabalhando juntos para superar a pandemia", afirmou.
Queiroga aplicou as primeiras doses da vacina em moradores de Paquet�, que no dia 22 de agosto receber�o a segunda dose e em setembro realizar�o um evento teste para saber os efeitos de aglomera��es em regi�es onde toda a comunidade est� vacinada.
Em um primeiro momento, o prefeito Eduardo Paes havia anunciado a realiza��o de um carnaval na ilha para testar a vacina, o que foi recha�ado pelos moradores, que temem o aumento da presen�a de pessoas de fora, e por avaliarem que n�o h� motivo para comemora��o de uma festa como o Carnaval em meio a mais de 500 mil mortos.
De acordo com o presidente da Associa��o dos Moradores de Paquet�, Guto Pires, a tend�ncia � de que o evento teste, que ser� feito em um parque fechado da Ilha, seja um show.
"A Fiocruz vai fazer o estudo com um p�blico controlado, de 500/600 pessoas, porque depois � preciso fazer v�rios testes. O an�ncio do Carnaval foi um momento ruim do prefeito (Paes) e ele mesmo n�o est� mais falando disso", afirmou Pires.
Moradora da ilha h� sete anos, Cinthia Lamas, integrante do tradicional bloco Volta, Alice, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, apesar de amar Carnaval, tamb�m descartou a possibilidade de haver uma comemora��o fora de �poca, como anunciado por Paes.
"Quando tem Carnaval aqui cada barca chega com mil pessoas e n�o h� estrutura para evitar que as pessoas entrem na ilha. Al�m disso, n�o � momento para se comemorar nada com 500 mil mortes", afirmou.
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