
Em depoimento na sexta-feira, Luis Miranda disse que, durante uma reuni�o com Bolsonaro, em 20 de mar�o, no Pal�cio da Alvorada, o presidente citou o l�der do governo na C�mara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), como o parlamentar que queria fazer “rolo” no Minist�rio da Sa�de com a Covaxin. Miranda e seu irm�o, Luis Ricardo Miranda, servidor de carreira da pasta, confirmaram � CPI ter avisado o chefe do Executivo sobre suspeitas de corrup��o na compra da vacina indiana.
Para Randolfe Rodrigues, Bolsonaro deve ser acusado pelo crime de prevarica��o, pois tinha obriga��o legal de avisar aos �rg�os competentes sobre ind�cios de pr�ticas irregulares. Nesse caso, caber� ao procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, indicado pelo pr�prio presidente da Rep�blica para o cargo, avaliar se vai investigar ou at� mesmo denunciar Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte � respons�vel por julgar o chefe do Executivo federal em caso de crime comum, mas, nesse caso, precisa de autoriza��o da C�mara dos Deputados.
“Esse crime at� aqui � o m�nimo a ser apurado. Eu tenho certeza de que a comiss�o parlamentar de inqu�rito apurar� muito mais al�m disso”, enfatizou Rodrigues, ao anunciar a not�cia-crime contra o presidente. Na sexta-feira, o senador afirmou que avaliava acionar diretamente o Supremo. Ontem, no entanto, especificou que a representa��o ser� levada ao chefe do Minist�rio P�blico Federal. A representa��o antecipa uma medida que poder� ser feita pela pr�pria CPI. A comiss�o, entretanto, precisa finalizar os trabalhos e o relat�rio de Renan Calheiros (MDB-AL) para encaminhar a conclus�o � Procuradoria.