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Estado de Minas COVID-19

Governo de MG � alvo de duas CPIs; Zema rebate: 'Cabelo em casca de ovo'

Investiga��es sobre 'fura-filas' da vacina��o e Cemig s�o encaradas com naturalidade pelo Pal�cio Tiradentes, que assegura n�o ter nada a esconder


29/06/2021 13:00 - atualizado 29/06/2021 13:27

Romeu Zema, governador mineiro, concedeu entrevista exclusiva ao EM(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Romeu Zema, governador mineiro, concedeu entrevista exclusiva ao EM (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), garante estar tranquilo sobre as duas Comiss�es Parlamentares de Inqu�rito (CPIs) que correm na Assembleia Legislativa. Uma investiga��o apura o suposto uso irregular de vacinas antiCOVID-19 em servidores da Sa�de e os gastos estaduais para conter a pandemia. A outra, rec�m-instalada, trata de atos da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig). Apesar de afirmar que n�o teme os desdobramentos, Zema questiona os crit�rios para a abertura de CPIs.

“Me parece que est�o procurando cabelo em casca de ovo, e n�o gordura em pele de porco gordo, como deveria ser. Acho muito estranho tudo isso. Qual � o crit�rio para abrir uma CPI? Procurar migalhas ou deixar passar elefantes e baleias?”, disse, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, nessa segunda-feira (28/6).

Zema recorreu � gest�o de Fernando Pimentel (PT), seu antecessor, para justificar a posi��o.

“Nosso governo, parece que est� provado, tem corrup��o zero, melhorou todos os indicadores da sa�de, da seguran�a, da educa��o, de investimentos e da transpar�ncia. (Sobre) o �ltimo governo em Minas Gerais, que arrasou com o estado, mandou nomes de 280 mil funcion�rios p�blicos para o SPC, saqueou o Tribunal de Justi�a em mais de R$ 6 bilh�es, n�o pagou os repasses aos munic�pios em mais de R$ 7 bilh�es, n�o teve CPI”, falou.


Caso dos ‘fura-filas’ fez secret�rio perder o cargo


A CPI dos “fura-filas”, sobre a aplica��o dos imunizantes, foi instalada em mar�o. A eclos�o do esc�ndalo fez o ent�o secret�rio de Sa�de, Carlos Eduardo Amaral, ser exonerado.

“Quem n�o tem o que esconder, n�o tem o que temer. Estou muito tranquilo com rela��o � CPI da Sa�de. Para que nada interferisse naquele momento, na CPI, demiti o secret�rio, que poderia estar envolvido. Se h� algu�m culpado, que seja responsabilizado e punido”, assinalou o governador.

Agora, o comit� examina os gastos do governo estadual no enfrentamento ao novo coronav�rus.

Cemig na mira de deputados


Neste m�s, os deputados estaduais articularam em prol do in�cio de comiss�o para investigar a administra��o da Cemig. A CPI, que j� elegeu presidente e tem relator definido — S�vio Souza Cruz, do MDB — foi solicitada para apurar atos como a venda das a��es que a estatal de energia mantinha nos quadros sociais de outras empresas energ�ticas.

Supostos conflitos de interesses oriundos de eventuais condutas ilegais de diretores e funcion�rios da estatal tamb�m v�o ser investigados. A transfer�ncia de atividades administrativas da companhia para S�o Paulo ser� debatida. A mudan�a, na vis�o de parlamentares, gerou preju�zos a Minas Gerais.

Ao EM, o governador apontou falhas nas atividades da companhia e criticou atos de antigos administradores, como a compra de subsidi�rias fora do estado.

“J� escutei diversos empres�rios falando: ‘queria construir em Minas h� cinco ou seis anos, mas n�o constru� porque n�o tinha energia el�trica’. Temos, necessariamente, de avan�ar em uma solu��o para esse tipo de problema. A venda das subsidi�rias da Cemig � um dos caminhos, pois entra dinheiro no caixa”.

Uma das negocia��es citadas por ele — a venda da Light — tamb�m est� na mira da CPI da Cemig, assim como a aliena��o da Renova, outro empreendimento energ�tico. A inten��o de se desfazer de participa��o na Taesa, do mesmo ramo, ser� debatida.

A ideia � saber se as opera��es causaram danos aos cofres p�blicos.

Privatiza��es ainda em pauta


A venda de empresas p�blicas como a Cemig � desejo e promessa de campanha de Romeu Zema. Apesar dos planos, h� dificuldades de colocar a estrat�gia em pr�tica.

“Toda venda de empresa � um processo moroso. Estamos vendo o governo federal vendendo algumas empresas, e � um tr�mite bastante demorado. Neste restante de governo, vamos fazer mais do que fizemos nos primeiros dois anos e meio. Muita coisa j� est� pronta e preparada”, sustentou o governador.

No caso de Cemig e Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), por exemplo, a Constitui��o Estadual prev� referendo popular para deliberar sobre neg�cios envolvendo as empresas. Para que as consultas p�blicas sejam dispensadas, o governo precisa que a Assembleia aprove Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC).

Em Bras�lia


Ao ser questionado sobre a CPI da COVID-19, tocada pelo Senado Federal, o governador faz ressalvas ao que chama de “palanque pol�tico”, mas se mostra favor�vel �s investiga��es.

“Sempre falo que a apura��o deve ser a mais imparcial poss�vel e, tamb�m, a mais c�lere poss�vel. O que n�o concordo � esse tipo de CPI ficar servindo de palanque pol�tico. Se algu�m errou, que seja identificado, responsabilizado e, se for o caso, punido”, pontuou.

O pleito de Zema � por agilidade: “O brasileiro, hoje, precisa � de comida no prato. O que vai colocar comida no prato do brasileiro n�o � CPI; s�o as reformas que precisamos. As reformas tribut�ria e administrativa. A CPI tem de acabar logo. Que puna quem deva punir. Que ela termine o quanto antes e mostre a que veio”.


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