Com o depoimento, de cerca de tr�s horas, os vereadores conseguiram concluir certas quest�es a respeito da opera��o do sistema coletivo na capital mineira.
Municiado das posi��es de Lessa, o presidente da CPI da BHTrans, Gabriel (sem partido), afirmou que o modelo que vigora atualmente � fruto de um cartel realizado em 2008, a partir do processo licitat�rio que selecionou as empresas que prestam os servi�os de �nibus coletivos.
Municiado das posi��es de Lessa, o presidente da CPI da BHTrans, Gabriel (sem partido), afirmou que o modelo que vigora atualmente � fruto de um cartel realizado em 2008, a partir do processo licitat�rio que selecionou as empresas que prestam os servi�os de �nibus coletivos.
“O contrato de 2008 � um cartel, as empresas agiram em conluio. Esse contrato n�o pode continuar, as auditorias feitas s�o fajutas, e os funcion�rios, servidores da BHTrans, alguns deles, est�o agindo de maneira coligada nisso tudo. E o resultado � o pobre de Belo Horizonte dizendo o que v�”, afirmou Gabriel.
A posi��o tamb�m � sustendada pela vereadora Bella Gon�alves (Psol). “Uma mesma empresa, pessoa, entidade, realizou o protocolo dos documentos, das planilhas, da escrita do processo, que deveria ser de concorr�ncia, de todas as empresas ganhadoras e perdedoras do cons�rcio. Isso � uma evid�ncia da forma��o de cartel e, tamb�m, uma evid�ncia de que o contrato de 2008 � um contrato fraudado pelas empresas de �nibus com a coniv�ncia de agentes p�blicos da BHTrans e de outros setores da prefeitura.”
O empres�rio foi convocado na condi��o de investigado por conta de uma afirma��o feita por C�lio Bouzada, ex-presidente da BHTrans. Ele disse que as empresas de �nibus retiraram os agentes de bordo dos �nibus coletivos de BH como forma de retalia��o pelo n�o aumento da tarifa, que atualmente � de R$ 4,50. O fato foi negado por Robson Lessa no depoimento.
Outros diversos pontos foram abordados na reuni�o da CPI da BHTrans. Um deles diz respeito ao caso de vacina��o contra a COVID-19 organizada em uma garagem da Saritur, em BH, em mar�o deste ano. A imuniza��o aconteceu de forma irregular e, al�m disso, h� suspeitas de que o imunizante adquirido era falso. Robson Lessa n�o se alongou sobre esse assunto.
“Mais uma vez quero dizer a voc�s que j� prestei todos os esclarecimentos necess�rios � Pol�cia Federal, que � o f�rum adequado. Agora, quando voc� me pergunta: ‘Voc� furou fila?’. Entendeu, � no m�nimo uma pergunta, com todo respeito, que leva ao sensacionalismo. Por que? Furar fila de qu�? A suposta vacina, suposta, porque tudo indica que foi um golpe, mas a suposta naquele momento seria a Pfizer. A Pfizer poderia sim naquele momento ser importada e estar no pa�s, n�o teria nenhum crime. Mas, por�m, n�o estava dispon�vel no mercado brasileiro. Ent�o, furar fila de qu�? De algo que n�o existe? Fila para qu�? Fila para voc� ficar vendo o qu�, pegar o qu�?”, afirmou Robson Lessa.
Pr�xima reuni�o
A CPI da BHTrans volta a se reunir na pr�xima quarta-feira (7), a partir das 9h30. Roberto Jos� Carvalho, dono da Rodopass Transporte Coletivo, dep�e na C�mara de BH. Na semana seguinte, em 14 de julho, �s 9h30, F�bio Couto de Ara�jo Can�ado, s�cio da Auto Omnibus Nova Suissa, presta depoimento aos vereadores.
Wanderley Porto (Patriota), primeiro signat�rio do requerimento, Reinaldo Gomes Preto Sacol�o (MDB) Gabriel, Professor Claudiney Dulim (Avante), Bella Gon�alves, Braulio Lara (Novo) e Rub�o (PP) s�o os membros titulares da comiss�o que busca abrir a “caixa preta” da BHTrans.