'Grupo de WhatsApp virou organiza��o criminosa', ironiza Fl�vio Bolsonaro

O senador Fl�vio Bolsonaro (Patriota-RJ) criticou nesta quinta-feira, 1�, a decis�o do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de abrir uma investiga��o para apurar a poss�vel exist�ncia de uma organiza��o criminosa voltada � promo��o de ataques contra as institui��es democr�ticas e seus integrantes.

Nas redes sociais, o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou a linha de investiga��o.

"Lamento profundamente a instaura��o de novo inqu�rito de "Fake News" pelo min Alexandre de Morais. Mobiliza��o pol�tica para combater a oposi��o ao governo Bolsonaro foi transformada em "ataque � democracia". Grupo de WhatsApp virou "organiza��o criminosa". Surreal (sic)", escreveu.

O novo inqu�rito deriva da investiga��o aberta em abril do ano passado para apurar a organiza��o, a divulga��o e o financiamento de manifesta��es em defesa da volta da ditadura militar, da interven��o das For�as Armadas e contra os Poderes Legislativo e Judici�rio - o chamado inqu�rito dos atos antidemocr�ticos, que foi arquivado a pedido da Procuradoria Geral da Rep�blica.

Nessa nova frente, a Pol�cia Federal vai aprofundar a apura��o em torno de grupos organizados em prol de ataques contra a democracia. Segundo Moraes, os m�todos e n�cleos estruturados - produ��o, divulga��o, pol�tico e financeiro - s�o 'absolutamente semelhantes' �queles identificados no inqu�rito das fake news, que tamb�m corre sob relatoria do ministro.

"Observa-se, de forma comum aos dois inqu�ritos, a exist�ncia de grupos coordenados que utilizam, de forma recorrente, redes sociais e m�dias alternativas como instrumentos para a concretiza��o de atos de dissemina��o de not�cias fraudulentas para atacar membros do Supremo Tribunal Federal e outras autoridades constitu�das, para a promo��o de ataques �s pr�prias Institui��es Democr�ticas de representa��o pol�tica e social do Brasil, especialmente quanto � legitimidade do Poder Legislativo. Al�m do uso de meios comuns para a realiza��o dos ataques, observa-se parcial identidade dos sujeitos investigados", escreveu Moraes ao determinar a investiga��o.

Esses grupos, segundo o ministro, podem ter contado com apoio de agentes p�blicos e deputados bolsonaristas, como Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, Bia Kicis, presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a da C�mara, e Daniel Silveira, r�u por ataques ao STF, al�m do assessor especial da presid�ncia T�rcio Arnaud. O blogueiro Allan dos Santos, dono do portal Ter�a Livre, tamb�m � citado como poss�vel integrante.