
Em sua fala inicial na comiss�o, Santana esclareceu que � consultor t�cnico da Organiza��o Pan-Americana de Sa�de (Opas) e desenvolve uma atividade na Divis�o de Importa��o do Departamento de Log�stica em Sa�de do minist�rio. Ele detalhou o recebimento de tr�s invoices (esp�cie de faturas para negocia��es internacionais) da Precisa com informa��es inconsistentes com o contrato assinado no Minist�rio da Sa�de. At� a terceira vers�o, ainda havia inconsist�ncias, de acordo com ele.
Os documentos foram enviados pela empresa para William e outros contatos do Minist�rio da Sa�de entre os dias 16 e 24 de mar�o. No primeiro contato, a Precisa encaminhou apenas o contrato assinado. A primeira invoice chegou no dia 18, com erros. Ele afirmou ter acionado, no dia 22 de mar�o, a fiscal do contrato, Regina C�lia, apontando diverg�ncias.
A quantidade de doses para o primeiro embarque estava menor e o documento trazia o nome de uma empresa que n�o fazia parte do contrato assinado, conforme o depoimento. "Eu liguei para a fiscal do contrato e relatei a diverg�ncia da quantidade e a diverg�ncia da empresa. Eu j� havia mandando um e-mail falando da data", relatou. "Estava fazendo v�rios processos ao mesmo tempo. Eu acompanho o andamento de outros contratos, esse foi apenas mais um naquele dia corrido."
Al�m disso, o servidor verificou outros erros que chamaram aten��o, at� mesmo no nome do Minist�rio da Sa�de. Tamb�m n�o havia, de acordo com Santana, descri��o sobre o porto pelo qual chegaria a vacina, al�m da aus�ncia de detalhes com o peso bruto e l�quido da carga e a descri��o de armazenamento e transporte.
Na segunda invoice, outra inconsist�ncia: a previs�o de pagamento antecipado pelas doses, o que n�o estava previsto no contrato. Na terceira vers�o, enviada no dia 23, ainda havia erros. A descri��o da carga no documento estava compat�vel com o transporte mar�timo, sendo que a vacina seria enviada por avi�o.
De acordo com o t�cnico, a representante da Precisa, Emanuela Medrades, se prontificou em corrigir as informa��es, mas, em todas as vers�es enviadas, ainda havia erros. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), chamou aten��o para as informa��es nos documentos. "O nome disso n�o � erro. � golpe", declarou Renan.