
O presidente da C�mara afirmou que trabalha para manter um ambiente "est�vel e previs�vel", que permita a vota��o de reformas e mat�rias importantes na Casa. "Sobre esse assunto, j� estou cansado de dizer e repetir. N�o posso fazer esse impeachment sozinho. Erra quem pensa que a responsabilidade � s� minha. Ela � uma somat�ria de caracter�sticas que n�o se configuram, algo que � dito por mim, pelo presidente (do DEM) ACM Neto, pelo ministro (do Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, para citar alguns", afirmou.
Apesar da declara��o de Lira, a decis�o de dar andamento ao processo � exclusiva do presidente da C�mara. Para afastar o presidente, seriam necess�rios, no m�nimo, 342 votos no plen�rio - um cen�rio que hoje � considerado improv�vel.
Lira disse que o Pa�s precisa se "acostumar" ao processo democr�tico e assegurou a realiza��o de elei��es em 2022, sem citar o presidente Jair Bolsonaro, que disse na semana passada que a disputa n�o seria realizada se o Congresso n�o aprovasse a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) do voto impresso - uma das principais bandeiras de sua base, que levanta d�vidas sobre a validade da urna eletr�nica sem apresentar qualquer prova de fraude.
"Quando eu parto para defender elei��o, quando se estava contestando elei��o, a manchete que vem � Arthur n�o vai pautar o impeachment. Isso n�o pode ser via de regra. Da� a possibilidade, que hoje, inclusive, foi muito bem aceita, da discuss�o de se votar um semipresidencialismo j� para 2026, como forma de se estabilizar mais o processo pol�tico dentro do Congresso Nacional", disse.
Lira disse ainda que tem falado diariamente por telefone com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. O presidente do STF sugeriu a realiza��o de uma reuni�o entre os chefes dos poderes nesta semana e, de acordo com Lira, isso deve ocorrer amanh�, 14, �s 9h. "Isso � normal, importante e salutar. � conversando que as coisas se adaptam."